
O clima na sede da prefeitura era de expectativa — daquelas que antecedem grandes conquistas. Na última terça-feira, algo especial estava sendo costurado nos bastidores do poder público municipal.
Representantes do governo local receberam, com portas abertas e mente aberta, uma comitiva de peso do SEBRAE Minas. A conversa? Bem mais do que um mero protocolo. Era sobre construir pontes sólidas entre o poder público e quem entende de negócios como ninguém.
Do diálogo à ação concreta
O prefeito Sérgio Azevedo não mediu palavras ao expressar seu entusiasmo. "Temos uma relação histórica com o SEBRAE, mas precisamos ir além — muito além", afirmou, com a convicção de quem conhece as potencialidades da cidade. "Queremos transformar Poços de Caldas num verdadeiro celeiro de oportunidades empresariais."
Do outro lado da mesa, a superintendente do SEBRAE Minas, Afonso Maria Rocha, parecia compartilhar do mesmo otimismo. Ela destacou algo que muitos gestores públicos esquecem: parcerias só funcionam quando há comprometimento real de ambas as partes. E ali, naquela sala, o comprometimento era palpável.
Os pilares da nova colaboração
- Capacitação empresarial — programas de formação que vão desde o empreendedor iniciante até quem já está consolidando seu negócio
- Inovação e tecnologia — porque ficar parado no tempo não é mais uma opção no mundo dos negócios
- Acesso a mercados — abrindo portas que antes pareciam trancadas a sete chaves
- Sustentabilidade — afinal, negócio que não pensa no futuro não tem futuro
O que me chamou atenção foi a sintonia entre as partes. Não era aquela reunião protocolar onde cada um fala seu script. Havia um diálogo genuíno — com interrupções, concordâncias e até discordâncias produtivas. Coisa rara no meio político, convenhamos.
Mais do que palavras bonitas
Agora, o que realmente importa: o que isso significa para quem está na labuta diária de manter seu negócio de pé? Segundo meus contatos, muito. A prefeitura está disposta a destinar recursos — e não apenas financeiros, mas principalmente políticos — para que essa parceria renda frutos tangíveis.
Imagine capacitações que realmente preparem o empreendedor para os desafios do mercado atual. Consultorias que não apenas apontem problemas, mas mostrem caminhos viáveis. Acesso a redes de contatos que podem fazer a diferença entre fechar as portas ou expandir.
É como se Poços de Caldas estivesse montando um ecossistema favorável aos negócios — e o SEBRAE trouxe as ferramentas certas para essa construção.
O timing perfeito
Não poderia ser mais oportuno. Com a economia ainda se recuperando dos últimos anos conturbados, iniciativas como essa são como um sopro de ar fresco. E o melhor: não se trata de assistencialismo, mas de capacitação real.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Flávio de Castro, resumiu bem: "Queremos que nossos empreendedores não apenas sobrevivam, mas prosperem". Parece simples, mas quantas vezes vemos políticas públicas que se contentam com o mínimo?
O que está em jogo aqui é a economicidade da cidade como um todo. Quando os pequenos e médios negócios vão bem, todo mundo ganha — gerando empregos, movimentando o comércio e fortalecendo a identidade local.
Resta torcer para que essa sintonia se mantenha e, principalmente, que se transforme em ações concretas. Porque no final das contas, o que importa não são as reuniões, mas os resultados que chegam até quem realmente precisa.