Em um cenário de crescente violência, conselheiros tutelares de diversas regiões do Brasil relataram ter recebido ameaças de morte durante o exercício de suas funções. Os profissionais destacaram a necessidade urgente de políticas públicas que garantam sua segurança e valorizem seu trabalho.
Durante uma reunião com representantes do governo, os conselheiros apresentaram casos concretos de intimidação, incluindo ligações anônimas e abordagens agressivas. "Estamos na linha de frente, mas sem o mínimo de proteção", desabafou uma das participantes.
Reivindicações dos profissionais
Entre as principais demandas apresentadas estão:
- Melhores condições de trabalho
- Proteção policial efetiva
- Planos de carreira específicos
- Capacitação continuada
Os conselheiros alertam que, sem essas medidas básicas, o sistema de garantia de direitos de crianças e adolescentes pode entrar em colapso. "Como proteger os outros se nós mesmos estamos vulneráveis?", questionou outro profissional.
Impacto no atendimento
A situação tem afetado diretamente o atendimento às famílias em situação de vulnerabilidade. Muitos conselheiros admitem estar com medo de fazer visitas domiciliares ou de tomar decisões que possam desagradar grupos criminosos.
Especialistas em direitos humanos defendem que a proteção dos conselheiros tutelares deve ser tratada como prioridade, já que eles são peças fundamentais na rede de proteção à infância e adolescência no país.
