
Portugal virou o novo eldorado para quem busca recomeçar. E não é só pelo sol e pelo bacalhau — a recente mudança na legislação abriu portas que antes pareciam emperradas. Imigrantes de várias nacionalidades estão correndo atrás de cursos técnicos, e o motivo é simples: a chance de se firmar no mercado de trabalho.
Não é exagero dizer que a coisa tá quente. Desde que o governo facilitou a regularização de estrangeiros com formação específica, as escolas técnicas parecem ter virado ponto de encontro. E olha que não é só na capital — cidades como Porto, Braga e Coimbra também estão no radar.
Por que agora?
Parece que finalmente alguém entendeu que mão de obra qualificada não tem bandeira. Com setores como construção civil e tecnologia gritando por profissionais, os imigrantes que investem em qualificação estão saindo na frente. E não é só teoria: muitos já estão colhendo os frutos.
"Quando cheguei, só conseguia bicos", conta um haitiano que preferiu não se identificar. "Depois do curso de eletricista, em três meses já estava com contrato fixo". Histórias como essa se multiplicam pelos bairros com maior concentração de imigrantes.
O outro lado da moeda
Claro que nem tudo são flores. Alguns reclamam da burocracia que ainda persiste — parece que papelada é um esporte nacional. E tem também o desafio do idioma, que para certas áreas é quase um pré-requisito.
Mas convenhamos: quando a alternativa é ficar estagnado, um curso de português técnico até que não parece má ideia. Principalmente quando o resultado pode significar salários até 40% maiores, segundo dados não oficiais.
O que está claro é uma coisa: Portugal está precisando, os imigrantes estão dispostos, e as escolas técnicas estão lotadas. Resta saber se essa combinação vai mesmo virar o jogo para tantas famílias que vieram em busca de uma vida melhor.