Isenção de IR até R$ 5 mil: Lira alerta para guerra nos bastidores sobre quem pagará a conta
Lira prevê guerra sobre quem banca isenção de IR

O presidente da Câmara, Arthur Lira, soltou o verbo — e não foram palavras doces. Em conversa com jornalistas, ele deixou claro que a discussão sobre a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até cinco mil reais vai ser daquelas que esquentam os corredores do Congresso. E o motivo? Ah, o motivo é simples e complicado ao mesmo tempo: alguém vai ter que pagar essa conta bilionária.

Parece óbvio, não? Mas a verdade é que ninguém quer segurar esse rojão. Lira foi direto ao ponto: "Vamos ter uma discussão dura sobre quem vai bancar isso". E quando ele fala "dura", pode ler como "briga feia, daquelas que deixam marcas".

O tamanho do buraco

Estamos falando de quantia que beira os R$ 30 bilhões, gente. Não é troco de pinga não. Esse é o valor que o governo deixaria de arrecadar se a isenção for aprovada como está. Trinta bilhões! Dá para construir uns bons hospitais, melhorar estradas, investir em educação... ou, no caso, alguém vai ter que encontrar de onde tirar esse dinheiro.

E aqui começa o xadrez político. Porque todo mundo quer ganhar votos com a popular isenção — mas ninguém quer ser o chato que tem que aumentar imposto em outro lugar para compensar. É o típico "querer o ovo sem quebrar a galinha".

As possíveis saídas — e por que nenhuma é fácil

  • Taxar grandes fortunas: Essa é a favorita da esquerda, mas enfrenta resistência fortíssima no mercado e entre os mais ricos (óbvio).
  • Aumentar impostos sobre consumo: O que significaria onerar todo mundo — inclusive os que seriam beneficiados pela isenção. Ironia das grossas.
  • Cortar gastos: Todo mundo fala, mas quando chega na hora de apontar onde cortar... o silêncio é ensurdecedor.
  • Endividar mais o país: A saída mais fácil no curto prazo, mas que joga o problema para as próximas gerações.

Lira, esperto como sempre, já adiantou que o governo tem suas preferências — mas não revelou o segredo. Aposto que ele está guardando essa carta na manga para a hora certa.

O timing político

E não podemos esquecer do calendário eleitoral que se aproxima. Convenhamos, aprovar uma medida popular como essa em ano que vem seria... bem, óbvio demais. Por isso a pressão para resolver isso ainda em 2024.

Mas será que dá tempo? Lira parece cético. Entre a PEC da Desvinculação de Receitas da União e outras brigas, o Congresso está mais congestionado que a Marginal Tietê em dia de chuva.

O que me leva a pensar: será que essa discussão toda não é uma forma elegante de empurrar o problema com a barriga? Digo, todo mundo fala, discute, se desentende — e no fim não sai nada. Já vimos esse filme antes.

E o contribuinte?

Enquanto isso, nós, meros mortais que ganhamos até cinco mil por mês, ficamos naquele suspense: será que vamos ter esse alívio no bolso ou vamos continuar pagando para ver?

Particularmente, não apostaria todas as minhas fichas. A história recente nos ensina que, quando a discussão é sobre quem paga a conta, o resultado costuma ser... bem, o contribuinte sempre acaba pagando, de um jeito ou de outro.

Mas hey, posso estar sendo pessimista. Quem sabe dessa vez é diferente? Lira prometeu colocar o tema na mesa — agora resta saber se alguém vai ter coragem de pegar o talão de cheques.