
O ministro da Economia, Fernando Haddad, voltou a defender nesta terça-feira a necessidade de aumentar a carga tributária sobre os brasileiros mais ricos. A proposta, que já havia sido sinalizada pelo governo, ganhou novos detalhes durante entrevista coletiva.
O que diz a proposta?
Segundo Haddad, o objetivo é criar mecanismos para que os 0,1% mais ricos da população contribuam proporcionalmente mais com os cofres públicos. Entre as medidas estudadas estão:
- Criação de alíquotas progressivas para rendimentos acima de R$ 500 mil/ano
- Fim de benefícios fiscais para grandes patrimônios
- Taxação mais rigorosa de dividendos
Justificativa do governo
"Não faz sentido que um trabalhador pague 27,5% de IR enquanto milionários pagam menos de 5%", argumentou o ministro. Ele destacou que a medida permitiria arrecadar até R$ 100 bilhões anuais, recursos que seriam destinados a:
- Ampliação do Bolsa Família
- Investimentos em saúde e educação
- Redução do déficit público
Reações e desafios
Especialistas ouvidos pelo ministério apontam que a proposta enfrentará resistência no Congresso, onde setores empresariais têm forte influência. Economistas liberais criticam a medida, alegando que pode:
- Desestimular investimentos
- Provocar fuga de capitais
- Impactar o crescimento econômico
Já movimentos sociais e sindicais apoiam a iniciativa, classificando-a como "passo fundamental para reduzir a desigualdade" no país.
Próximos passos
A equipe econômica deve apresentar o projeto detalhado nas próximas semanas, como parte da reforma tributária que está em discussão. Analistas acreditam que o governo buscará negociar pontos polêmicos para garantir aprovação.