Fábrica de Bilionários: O Segredo Catarinense Que Domina o Mundo em 130 Países
WEG: A Fábrica de Bilionários de SC que Domina o Mundo

Imagina começar com quase nada – uma ideia, três sócios e um galpão modesto. Pois é exatamente dessa forma, lá nos idos de 1961, que nascia em Jaraguá do Sul, Santa Catarina, o que se tornaria uma das maiores potências industriais do planeta. Não foi mágica, foi trabalho duro, visão e uma pitada de ousadia catarinense.

O que era para ser uma simples oficina de motores elétricos se transformou em um verdadeiro fenômeno global. A WEG, hoje, mexe com tudo que é coisa: desde gigantescos geradores de energia eólica até minúsculos componentes que ninguém vê, mas que estão por trás de praticamente tudo. E o mais impressionante? Eles mandam seus produtos para mais de 130 nações. É muita coisa.

De Onde Veio Essa Mágica Toda?

O trio fundador – Werner, Eggon e Geraldo – nem sonhava com o império que estavam construindo. O negócio era simples: consertar motores. Mas aí veio a virada. Eles não queriam só consertar; queriam fabricar, e fabricar melhor que todo mundo. A primeira grande jogada? Desenvolver um motor que fosse à prova de explosões para a indústria petrolífera. Arriscadíssimo. E deu certo.

O crescimento foi tão absurdo, tão fora da curva, que chamou a atenção da nata do mundo acadêmico. A Universidade de Harvard, sim, aquela Harvard, resolveu estudar o caso. Virou material de aula, um exemplo de como se faz inovação de verdade, saindo do interior do Brasil para o mundo.

O Pulso da Inovação

O que mantém essa máquina funcionando? Inovação. E não é papo furado. Eles investem pesado em pesquisa, desenvolvimento e, o principal, nas pessoas. A fábrica é uma cidade dentro da cidade, com centros de treinamento de ponta e uma cultura que prega que todo mundo pode – e deve – dar ideias. Do estagiário ao presidente.

E não para por aí. A WEG mergulhou de cabeça no futuro, liderando a carga na revolução das energias renováveis. Eles estão lá, na linha de frente, fabricando os corações das turbinas eólicas e dos painéis solares que vão alimentar o amanhã. É de cair o queixo.

Além das Fronteiras: O Mundo é Pequeno Demais

Comandar um negócio desse tamanho exige presença global. E eles têm. Fábricas espalhadas pelo México, Ásia, Europa e África não são apenas pontos no mapa; são estratégia pura. Produzir localmente para conquistar mercados, entender culturas, diminuir custos. Jogar xadrez enquanto outros brincam de dama.

O resultado? Uma receita que beira os 30 bilhões de reais. Sim, bilhões. E uma valorização na bolsa de valores que fez dos seus fundadores – e de muitos funcionários que entraram no barco cedo – verdadeiros bilionários. Daí o apelido que colou: "fábrica de bilionários".

Mas, cá entre nós, o legado vai muito além dos zeros na conta bancária. É sobre colocar o Brasil no mapa da tecnologia pesada, sobre mostrar que qualidade e genialidade industrial não são monopólio de alemães ou americanos. É um orgulho que a gente sente aqui, no peito.

E o futuro? Parece que a WEG nem pensa em pisar no freio. Com planos ambiciosos de expandir ainda mais e abocanhar fatias de mercados que nem sabemos que existem, uma coisa é certa: essa locomotiva catarinense ainda vai dar muito o que falar. E o mundo todo vai continuar assistindo.