Setores taxados em 50% pelos EUA buscam estratégias para reduzir prejuízos — veja como
Setores taxados em 50% pelos EUA buscam saídas criativas

O que fazer quando um golpe vem de onde menos se espera? Foi essa a pergunta que ecoou nos corredores das empresas brasileiras após o anúncio das novas tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos. De repente, planos foram revirados, estratégias redesenhadas — e o clima, claro, ficou pesado.

Não é exagero dizer que o impacto foi como um soco no estômago. Setores como aço, alumínio e até mesmo produtos agrícolas — que já vinham enfrentando desafios — agora precisam lidar com uma conta ainda mais salgada. E aí, como diz o ditado, ou se adapta ou se dança.

Quem mais sente o baque?

Os números falam por si só, mas as histórias por trás deles são ainda mais reveladoras. Pequenos exportadores, aqueles que mal tinham respiro após a pandemia, agora encaram um cenário que beira o desespero. "É como se o chão sumisse", confessou um empresário do ramo de autopeças, preferindo não se identificar.

Já os grandes players, esses correm contra o tempo. Reuniões maratonas, consultoria caríssima e até lobby político entraram no cardápio de emergência. Alguns, inclusive, já estudam rotas alternativas — exportar para a Ásia virou o novo "plano B" de muitos.

E as soluções? Criativas, no mínimo

Da onde vem a crise, nasce a criatividade. Pelo menos é o que esperam os otimistas. Entre as táticas em discussão:

  • Redesenho de cadeias produtivas (leia-se: fugir de componentes taxados)
  • Busca por subsídios governamentais — algo que não é exatamente simples
  • Até mesmo "repaginar" produtos para cair em outra classificação fiscal

Não é moleza. Um executivo do setor têxtil resumiu bem: "Ou a gente vira contorcionista regulatório, ou fecha as portas". Duro, mas é a realidade.

Enquanto isso, os analistas fazem suas apostas. Alguns preveem uma onda de fusões — os pequenos buscando abrigo nos grandes. Outros apostam em inovação radical como única saída. E tem ainda quem acredite que, no fim das contas, o consumidor é quem vai pagar a conta. Como sempre, diga-se.

Uma coisa é certa: o jogo mudou. E agora, resta saber quem vai se adaptar melhor a essas novas regras — digamos — pouco amigáveis.