Não é todo dia que uma empresa nascida longe dos holofotes do eixo Rio-São Paulo consegue abocanhar a atenção de um país inteiro. Mas a Havan, aquela loja gigante que você já deve ter visto na estrada, acabou de fazer exatamente isso. Sair de Santa Catarina e conquistar o Brasil não é para qualquer um, não é mesmo?
O fundador, Luciano Hang – figura conhecida e, vamos combinar, sempre polêmica – deve estar com um sorriso de orelha a orelha. O negócio dele, que começou com uma lojinha de tecidos em Brusque lá nos anos 80, virou uma potência nacional. E isso não é só papo de marketing, não. A marca foi parar num ranking sério, daquelas pesquisas que realmente importam, como uma das mais influentes e queridas do Brasil. Quem diria, hein?
O Segredo Por Trás das Portas Giratórias
O que será que explica uma ascensão tão meteórica? Alguns apontam para a experiência única dentro das lojas – aquele clima de parque de diversões, com estátuas gigantes e luzes piscando, que fazem o cliente se sentir numa espécie de Disney do consumo. É inegável que eles capricham no espetáculo.
Mas vai muito além disso. É uma combinação explosiva de estoques abarrotados, preços agressivos e uma publicidade que gruda na mente – quem nunca viu uma propaganda da Havan? É praticamente impossível. Hang, com seu estilo direto e muitas vezes controverso, soube criar uma identidade tão forte para a marca quanto a sua própria personalidade pública.
Mais do que Vender, Criar uma Identidade
O curioso é observar como a marca transcendeu o simples ato de vender coisas. Ela se tornou um símbolo cultural, um ponto de referência. Para bem ou para mal, todo mundo tem uma opinião sobre a Havan. E no mundo dos negócios, ser ignorado é que é o verdadeiro fracasso.
O sucesso da empresa é um daqueles casos clássicos – e tão raros – de empreendedorismo à moda antiga que deu certo em escala colossal. Uma história que mistura trabalho duro, timing perfeito e uma pitada de audácia. E, claro, um tanto de sorte também, por que não?
O que o futuro reserva? Difícil dizer. O mercado varejista é um mar bravio, cheio de concorrência feroz e mudanças de hábito do consumidor. Mas uma coisa é certa: a Havan, pelo menos por enquanto, não só navega nessas águas como comanda um dos navios mais impressionantes da frota.
