
Numa jogada que promete sacudir o tabuleiro do comércio exterior, o governo federal acaba de desembolsar uma cartada inédita para proteger nossos exportadores. E olha que o timing não poderia ser mais oportuno — justamente quando as empresas tupiniquins mais sentem o baque das tarifas internacionais.
O pacote, batizado carinhosamente de "Escudo Exportador" pelos técnicos do Ministério da Economia, não é exatamente pequeno: estamos falando de uma injeção de R$ 3,2 bilhões. Dinheiro que, convenhamos, não cresce em árvore — mas que pode significar a diferença entre fechar as portas ou seguir competindo lá fora.
Como vai funcionar na prática?
Pois é, a pergunta que não quer calar. O programa tem três pilares principais:
- Linhas de crédito com juros abaixo do mercado (e olhe que hoje isso é raridade)
- Um fundo garantidor para operações de comércio exterior — tipo um colchão de segurança
- Subsídios diretos para setores "estratégicos e especialmente impactados" (leia-se: os que estão levando a pior)
E não para por aí. O mais curioso é que parte dos recursos virá — pasmem — de multas aplicadas em operações de dumping. Ironia do destino ou justiça poética? Você decide.
Setores que respiram aliviados
Quem já está comemorando antecipadamente:
- Siderurgia: o aço brasileiro anda levando pancada pesada lá fora
- Agronegócio: nossos fazendeiros não podem ficar reféns de guerra comercial alheia
- Indústria química: setor que vem engolindo prejuízos históricos
"É como dar um colete salva-vidas para quem está se afogando em mar revolto", definiu um empresário do setor de celulose que preferiu não se identificar. E não é que a analogia faz sentido?
Claro que tem quem diga que o pacote chega atrasado — esses críticos sempre existem, não é mesmo? Mas entre não fazer nada e tentar remediar a situação, melhor tentar, concordam?