
Parece que todo mundo está correndo para o mesmo lugar quando a coisa aperta, não é mesmo? E dessa vez, o refúgio escolhido tem brilho amarelo. O ouro, aquele metal que fascina a humanidade há milênios, acaba de escrever mais um capítulo impressionante na sua história.
Na terça-feira, algo extraordinário aconteceu nos mercados internacionais. A onça troy – aquela medida padrão do ouro – chegou a valer mais de US$ 2.700. Sim, você leu direito. Um patamar que ninguém jamais tinha visto antes.
O que está por trás dessa loucura dourada?
Bom, se você parar para pensar, o mundo anda meio de cabeça para baixo. A economia global parece uma montanha-russa sem freios – e ninguém quer ficar no último vagão. Os investidores, aqueles caras que normalmente têm sangue frio, estão mostrando as unhas de preocupação.
E não é para menos. A situação política nos Estados Unidos, com aquela eleição presidencial que parece mais roteiro de filme do que realidade, está deixando todo mundo com os nervos à flor da pele. Quando Washington espirra, o mundo inteiro pega pneumonia – e parece que estamos no meio de um surto gripal global.
Mas não é só isso não. Os juros americanos, aquela taxa que dita o ritmo do dinheiro no mundo, estão dando sinais contraditórios. O Federal Reserve, o banco central dos EUA, parece um motorista tentando dirigir olhando apenas pelo retrovisor. E nesse vai-e-vem de decisões, quem se arrisca?
O dólar também entra na dança
Aqui tem uma relação complicada, daquelas de novela das oito. O dólar anda mais fraco – e quando a moeda americana perde força, o ouro brilha mais forte. É como se um precisasse do outro para se destacar, sabe?
E tem mais: os bancos centrais pelo mundo afora estão comprando ouro como se não houvesse amanhã. A China, a Rússia, a Índia – todos estão aumentando suas reservas do metal. Parece aquela corrida por estoques que víamos durante a pandemia, mas com barras de ouro no lugar de papel higiênico.
Aliás, falando em pandemia, aquele trauma coletivo ainda assombra os mercados. A impressão que fica é que ninguém quer ser pego desprevenido de novo.
E o que isso significa para o brasileiro?
Olha, se você tem algum investimento em ouro, pode comemorar – mas com moderação. O mercado financeiro é como maré: sobe e desce. Mas para quem está pensando em entrar agora... bom, aí a conversa é diferente.
Especialistas – esses seres que tentam prever o futuro olhando para números do passado – estão divididos. Uns acham que o ouro ainda tem muito gás para subir. Outros acham que estamos numa bolha prestes a estourar.
Particularmente, acho curioso como em plena era digital, com criptomoedas e inteligência artificial, voltamos a confiar num metal que os egípcios já consideravam divino. Algumas coisas nunca mudam, não é?
O fato é que, enquanto houver incerteza no mundo, o ouro provavelmente continuará sendo o porto seguro preferido de muitos. Resta saber por quanto tempo essa festa dourada vai durar.
Uma coisa é certa: os próximos capítulos dessa história prometem ser tão interessantes quanto esse recorde histórico que acabamos de testemunhar.