EUA Rebatem Consulta do Brasil na OMC com Argumento de Segurança Nacional: Entenda o Impasse
EUA usam segurança nacional contra Brasil na OMC

E aí, o jogo ficou pesado. O Brasil, lá na OMC, resolveu dar uma cutucada nos Estados Unidos, pedindo satisfações sobre aqueles subsídios industriais que todo mundo comenta mas ninguém prova direito. Mas os americanos? Ah, os caras foram mestres na resposta.

Nada daqueles documentos internos ou explicações técnicas complicadas. Partiram logo para o argumento nuclear: segurança nacional. Sim, você não leu errado. É aquele trunfo absoluto, a carta coringa que basicamente paralisa qualquer discussão. Foi a defesa deles, e que defesa!

O recado foi duro e direto, quase um «não é da sua conta» diplomático. E isso, claro, cria um precedente perigoso. Se qualquer medida comercial pode ser enquadrada como questão de segurança, qual é o futuro das regras do jogo? A OMC fica de mãos atadas, observando um país-membro simplesmente ignorar o questionamento com uma justificativa que é, convenhamos, praticamente incontestável.

Um problema maior do que parece

O pano de fundo aqui é colossal. O Brasil alega que os incentivos dos EUA, como os do Inflation Reduction Act, distorcem feio a concorrência, prejudicando em cheio a indústria nacional – e a de vários outros países, diga-se. É uma briga de titãs, com muito dinheiro e futuro econômico em jogo.

Mas a jogada estadunidense joga uma pá de cal no debate racional. Eles nem negam ou confirmam os detalhes; simplesmente elevam o tom e mudam completamente o terreno da discussão. É genial e assustador ao mesmo tempo.

E agora, José? O Brasil e seus aliados ficam num limbo jurídico. Como contestar algo que um país declara, soberanamente, ser vital para sua própria existência? A sensação que fica é a de que as regras do comércio internacional estão sendo riscadas e reescritas na hora, na base do quem-pode-mais.

O impasse está lançado. De um lado, a defesa ferrenha de interesses nacionais, ainda que soe como uma desculpa esfarrapada para alguns. Do outro, a frustração de quem acreditava que instituições multilaterais ainda podiam dar conta do recado. O desfecho? Só o tempo – e talvez muita pressão política nos bastidores – vai dizer.