
Pois é, parece que a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos vai esquentar — e não no bom sentido. O Departamento de Comércio norte-americano deu sinal verde para a aplicação de tarifas sobre o aço brasileiro. Uma decisão que, convenhamos, não pega ninguém de surpresa, mas dói na mesma.
Não é de hoje que o aço do Brasil sofre pressão no mercado internacional. Dessa vez, a justificativa gira em torno de supostos subsídios — aquela velha história de que o produto nacional estaria sendo favorecido de forma desleal. Os americanos alegam que isso prejudica sua indústria interna. Será?
O que significa na prática?
Bom, se você trabalha no setor siderúrgico ou depende dele, já sabe: pode apertar o cinto. Tarifas significam preços mais altos para os importadores lá fora, o que tende a reduzir a competitividade do nosso aço. E olha, não é pouco: o Brasil é um dos maiores exportadores de aço para os EUA.
É daquelas medidas que ecoam rápido. Indústrias, empregos, balança comercial… tudo entra na dança. E como sempre, quem paga a conta — pelo menos em parte — é o produtor local, o trabalhador, o empresário que já enfrenta crise atrás de crise.
E o governo brasileiro?
Até agora, silêncio — pelo menos oficial. Mas é certo que a chancelaria e o Ministério da Economia já estão de olho. Reclamações na OMC? Possível. Retaliações? Improvável, mas não impossível. O jogo geopolítico é complexo, e cada movimento importa.
Enquanto isso, o mercado reage. Ações de siderúrgicas podem sofrer, o dólar pode oscilar — porque quando a incerteza chega, o investidor corre. E a gente fica aqui, torcendo para que não seja mais um capítulo longo dessa novela.
Uma coisa é certa: o comércio internacional não está para brincadeira. E o Brasil… bem, o Brasil segue no tabuleiro, tentando não ser só peão.