
Pois é, parece que a dança do leão vai ficar ainda mais complicada no ano que vem. O governo federal resolveu mexer no vespeiro do Imposto de Renda, e as mudanças prometem dar o que falar.
Quem ganha até R$ 2.112 por mês? Respira aliviado. A isenção básica continua firme e forte para esses contribuintes. Mas atenção: quem recebe entre R$ 2.112,01 e R$ 2.826,55 vai pagar aliquota de 7,5%. A coisa vai escalonando até chegar nos 27,5% para rendas acima de R$ 4.224,57.
E os aposentados? Como ficam?
Ah, essa é boa. Os idosos com mais de 65 anos mantêm a isenção de R$ 2.275,08 - um alívio para quem já contribuiu a vida inteira. Mas cá entre nós, será que é suficiente com a inflação corroendo o poder de compra?
O que muita gente não percebe é que essas tabelas são como samba do crioulo doido: todo ano mudam um pouquinho, mas nunca na proporção que a gente gostaria. Em 2024, a isenção básica era de R$ 2.064 - subiu só R$ 48. Parece migalha, não?
E as deduções? Continua valendo?
Sim, mas com ressalvas. Gastos com saúde e educação ainda podem ser abatidos, mas tem que ter tudo certinho na documentação. O Leão é exigente, não brinca em serviço.
O que me preocupa é que, enquanto isso, o custo de vida não para de subir. O cidadão comum fica nesse cabo de guerra entre o que ganha e o que paga de imposto. E no final, quem sempre se ferra é o mesmo de sempre.
Mas olha, tem uma luz no fim do túnel: pelo menos a correção da tabela aconteceu, mesmo que timidamente. Melhor isso do que ficar congelada por anos, como já aconteceu no passado.
No frigir dos ovos, o importante é ficar de olho nas mudanças e se organizar. O imposto é inevitável, mas pagar mais do que deve? Aí já é burrice.