
Parece que a tão sonhada maré boa finalmente chegou para os paulistanos – e com dados que falam por si. A cidade de São Paulo, aquela que nunca para, acaba de escrever um capítulo dourado na sua história econômica. O segundo trimestre de 2025 ficará marcado nas estatísticas: a taxa de desemprego despencou para patamares jamais vistos, um mísero 7.8%. Sim, você leu direito. A menor desde que se começou a medir essa coisa toda, lá em 2012.
E não para por aí. Enquanto a falta de trabalho rareia, o bolso do trabalhador paulistano engordou como nunca. O salário médio real – aquele que já descontou a inflação – bateu na casa dos R$ 4.187. Um valor que não só é o maior da série histórica para a cidade, como deixa todo o resto do país comendo poeira. Algo absolutamente surpreendente, pra não dizer revolucionário.
O que está por trás desse boom? O velho e bom setor de serviços, claro. Aquele motor que nunca deixa a cidade morrer. Foi ele o grande responsável por puxar a fila e absorver uma massa gigante de gente que estava à procura de uma oportunidade. Comércio, tecnologia, hospitality... tudo girando a todo vapor. Quem diria, hein?
Ah, e os números nacionais? Eles apenas confirmam que São Paulo está em outro patamar. A média brasileira de desocupação ficou em 6.9% – o que já é baixo, convenhamos – mas o salário médio nacional, de R$ 3.387, não chega nem perto do que se vê na capital. Uma diferença que dói no bolso e mostra a distância abissal entre a locomotiva e os vagões.
Os analistas, é claro, estão com os olhos arregalados. Eles apontam que esse não é um fenômeno isolado, mas sim o resultado de uma conjunção de fatores: uma recuperação econômica mais consistente do que se previa, investimentos pesados em setores-chave e, vamos combinar, a resiliência típica do paulistano. Aquele jeito de se virar nos 30 que é marca registrada da cidade.
Olhando para trás, o contraste é brutal. Lembra do tombo de 2020? Pois é. Saímos de um abismo para um pico em relativamente pouco tempo. Uma guinada que, convenhamos, ninguém no seu perfeito juízo previu com tanta força. É para comemorar? Sem dúvida. Mas também é para ficar de olho. A pergunta que fica é: será que veio para ficar?
Uma coisa é certa: o retrato do mercado de trabalho na cidade nunca pareceu tão... colorido. E isso, num país acostumado a tons cinzentos, é mais do que um alívio. É quase um milagre.