
Pois é, não é que a economia brasileira ainda consegue nos surpreender? Enquanto a gente discute política e preço da cerveja, o setor de serviços resolveu dar um show à parte. Em julho, ele simplesmente cresceu 0,3% — pode parecer pouco, mas na prática significa que batemos mais um recorde histórico. Incrível, não?
O dado, divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira (13), mostra que a atividade de serviços chegou ao nível mais alto desde o início da série histórica, que começou lá em 2011. Quem diria, hein? Depois de tudo que passamos, ainda temos fôlego para crescer.
Onde foi que a coisa melhorou?
Olha, não foi uniforme — porque no Brasil nada é, né? — mas alguns segmentos puxaram a fila. Serviços profissionais, administração e complementares (aquele tipo de coisa que ninguém entende muito bem, mas que movimenta uma grana preta) lideraram o crescimento, com alta de 1,2%. Transporte e serviços relacionados também deram uma força, com 0,7%.
Mas nem tudo são flores — claro. Algumas áreas ainda patinaram. Serviços de informação e comunicação, por exemplo, caíram 0,4%. E serviços prestados às famílias (aquele que a gente mais sente no bolso) recuaram 0,2%. Ou seja: tem setor animado, e setor que ainda está tentando sair do lugar.
E o acumulado do ano?
Bom, aí a coisa fica mais interessante. No ano, o setor já acumula uma expansão de 2,8%. E comparando com julho do ano passado, o crescimento foi de 1,8%. Parece que a retomada — lenta, mas é retomada — está mesmo acontecendo.
E sabe o que é mais curioso? Esse resultado positivo veio mesmo com juros altos e um crédito que não está lá essas coisas. Será que o brasileiro está aprendendo a nadar contra a maré? Ou será só um fôlego temporário?
E as regiões? Como se saíram?
Das cinco regiões acompanhadas pelo IBGE, quatro apresentaram alta. Só o Nordeste não acompanhou o ritmo e recuou 0,1%. Sudeste (0,5%), Sul (0,4%), Centro-Oeste (0,3%) e Norte (0,2%) puxaram o resultado para cima. Mais uma vez, o eixo Sul-Sudeste mostrando que dita o ritmo da economia nacional.
Não vou mentir: ver números positivos assim até anima. Mas é aquela coisa — será que consegue se sustentar? Com o cenário internacional ainda meio instável e os ventos políticos nem sempre favoráveis, o desafio é manter o passo. Mas por hoje, a notícia é boa.
E aí, o que você acha? Vai durar?