Pix domina 50,9% das transações financeiras no Brasil em 2025
Pix representa mais de 50% das transações no Brasil

O sistema de pagamentos instantâneos Pix consolidou sua hegemonia no mercado financeiro brasileiro, representando 50,9% de todas as transações realizadas no primeiro semestre de 2025. Os dados divulgados pelo Banco Central revelam que a ferramenta processou impressionantes 36,9 bilhões de operações no período, movimentando R$ 15 trilhões.

O crescimento explosivo do Pix

De acordo com as Estatísticas de Pagamentos de Varejo e de Cartões, o Pix registrou crescimento de 27,6% em comparação com o primeiro semestre de 2024. O sistema já responde por mais da metade de todas as transações financeiras no país, confirmando a rápida adoção pela população brasileira.

Do total de operações com Pix, 89,2% foram liquidadas no Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), infraestrutura operada pelo Banco Central. A análise dos dados mostra que as transferências entre pessoas físicas representaram 45% do total, enquanto transações entre pessoas físicas e jurídicas corresponderam a 42,1%.

Cartões perdem espaço para o Pix

O mercado de cartões sentiu diretamente o impacto da popularidade do Pix. Embora tenha mantido continuidade nas operações, o ritmo de expansão desacelerou significativamente. Os cartões de crédito tiveram aumento de apenas 9,7%, enquanto os pré-pagos cresceram 8,9%. O cartão de débito praticamente se manteve estável, com variação negativa de 0,1%.

Juntos, os diferentes tipos de cartão responderam por 34,3% do total de transações, com 24,9 bilhões de operações no primeiro semestre. Apesar do menor crescimento em quantidade, o cartão de crédito foi o que mais expandiu em volume financeiro, com alta de 14,2% comparado ao mesmo período de 2024.

Panorama geral dos pagamentos

No agregado, as transações de pagamento no primeiro semestre de 2025 somaram 72 bilhões de operações, com aumento de 15,2% na quantidade. O volume financeiro total movimentado atingiu a marca de R$ 59,7 trilhões, representando expansão de 14,5% frente ao primeiro semestre do ano anterior.

Embora o Pix domine em número de transações, as Transferências Eletrônicas Disponíveis (TED) mantiveram a liderança em valores transacionados, com participação de 37,1% no volume financeiro. O Pix aparece em seguida, com 26,5% do valor total movimentado.

O tradicional boleto bancário mostrou resiliência, registrando crescimento de 4,6% no valor transacionado e representando 8,1% do volume total. Já o cheque, em declínio constante, teve queda de 16,5% no volume financeiro, representando apenas 0,6% do total, com 73,4 milhões de cheques emitidos e valor médio de R$ 4,7 mil.

Os números confirmam a transformação digital no sistema financeiro brasileiro, com o Pix se consolidando como principal meio de pagamento para transações do dia a dia, enquanto instrumentos tradicionais como TED mantêm relevância em operações de maior valor.