O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal termômetro da inflação oficial no Brasil, apresentou significativa desaceleração em outubro, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (11).
Desaceleração inflacionária
O indicador registrou variação de 0,09% no mês de outubro, representando uma forte desaceleração em comparação com o mês anterior. Em setembro, o IPCA havia fechado em 0,48%, impulsionado principalmente pelos reajustes nas tarifas de energia elétrica.
O resultado de outubro ficou muito próximo das expectativas do mercado financeiro, que projetava uma alta de 0,10% nos preços. Esta performance representa o menor patamar para um mês de outubro desde 1998, quando o índice havia registrado 0,02%.
Comportamento setorial dos preços
Analisando o comportamento por grupos de produtos e serviços, o setor de Vestuário liderou as altas em outubro, com aumento de 0,51% e contribuição de 0,02 ponto percentual no índice geral. Apesar de significativa, esta alta foi menor que a registrada em setembro, quando o grupo Vestuário subiu 0,63%.
No extremo oposto, a energia elétrica apareceu como principal influência negativa no índice do mês, com contribuição de -0,10 ponto percentual. Destaque para a energia elétrica residencial, que registrou expressiva queda de 2,39% em outubro.
Acumulado do ano e perspectiva anual
Com os dados de outubro, a inflação oficial do país acumula alta de 3,73% em 2025 e 4,68% nos últimos 12 meses. Em comparação com outubro do ano anterior, quando o IPCA havia avançado 0,56%, o atual resultado demonstra clara desaceleração no ritmo de aumento de preços.
O comportamento da inflação em outubro reforça a tendência de controle dos preços ao consumidor, com destaque positivo para a redução nas tarifas de energia elétrica, que compensaram parcialmente os aumentos registrados em outros setores, especialmente no Vestuário.