
Eis que o dólar resolveu dar uma trégua aos brasileiros nesta sexta-feira (16) — e que alívio! A moeda norte-americana fechou cotada a R$ 5,39, uma queda de 0,77% em relação ao dia anterior. Parece pouco? Quando se trata do seu poder de compra, cada centavo conta.
O que está por trás dessa queda? Expectativas, meu caro Watson! O mercado está apostando todas as fichas que o Federal Reserve (Fed, o BC americano) vai começar a cortar juros ainda este ano. E quando os juros lá caem, o dinheiro estrangeiro fica menos interessado em ficar parado por aqui.
O jogo das expectativas
Os dados mais recentes da economia dos EUA — aqueles que todo mundo fica de olho como se fosse a tabela do campeonato — mostraram uma inflação mais comportada. Resultado? Os investidores começaram a tirar o pé do acelerador, achando que o Fed pode dar uma folga nos juros.
- Índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA ficou estável em julho
- Mercado precifica chance de 90% de corte de juros em setembro
- Fluxo de capitais para mercados emergentes deve aumentar
"Quando os ventos sopram a favor lá fora, a gente sente a brisa aqui dentro", brinca o economista Carlos Ribeiro, da consultoria Mercado+.
E o Brasil nessa história?
Enquanto isso, por aqui, o Copom (aquele comitê do Banco Central que decide os juros) segue com o pé atrás. A última ata mostrou que nossos economistas ainda estão de olho na inflação — e não vão baixar a guarda tão cedo.
Diferença que faz: enquanto os EUA podem cortar juros, o Brasil ainda mantém a Selic em 10,5% ao ano. Traduzindo: nosso dinheiro continua rendendo mais que o deles, o que ajuda a segurar o dólar.
Mas calma lá! Nada de comemorar antes da hora. O mercado cambial é como maré — sobe e desce quando menos esperamos. Fatores como:
- Cenário político doméstico
- Preço das commodities
- Risco fiscal brasileiro
...podem virar o jogo rapidinho. "É como dançar valsa com um elefante — qualquer passo errado e a gente se machuca", filosofa a analista Fernanda Torres.
E agora, José?
Para quem precisa comprar dólar (seja para viajar ou fazer importações), a dica é ficar de olho nessa janela de oportunidade. Mas sem pressa — o mercado financeiro tem mais reviravoltas que novela das nove.
Já os investidores? Bom, aí a conversa é outra. Com juros americanos mais baixos, os papéis brasileiros podem ficar mais atrativos. Só não esqueça: quando o dólar cai, as exportações sofrem. Tudo tem seu preço.
Uma coisa é certa: nessa dança das cadeiras global, quem fica parado é estatística. Fique ligado!