Copom dá uma pausa na escalada dos juros e segura Selic em 15% ao ano — o que isso significa para seu bolso?
Copom para de aumentar juros e mantém Selic em 15% ao ano

Eis que o Copom resolveu dar um tempo naquela maratona de aumentos que vinha tirando o sono de todo mundo. Nesta quarta, o comitê do Banco Central — aquele time que decide pra onde vai o dinheiro do país — segurou a barra e manteve a Selic em 15% ao ano. Parece pouco? Pois é, mas depois de tantos meses vendo os juros subirem feito foguete, até que essa estabilidade veio como um alívio.

Quem acompanha o noticiário econômico sabe: desde março do ano passado, a taxa básica só fazia escalar degraus. Agora, parece que chegamos num platô — pelo menos por enquanto. Os economistas mais cascudos já estavam até apostando nisso, mas ninguém botaria a mão no fogo. O mercado, claro, ficou de olho.

E agora, José?

Pra quem tá se perguntando o que muda na prática, aí vão umas pistas:

  • Cartão de crédito e empréstimos continuam pesados — não espere milagres
  • Investimentos em renda fixa seguem rendendo bem (pra quem tem grana aplicada)
  • A inflação? Bem, ela ainda tá dando trabalho, mas pelo menos não piorou

O BC deixou escapar — entre linhas — que a economia tá precisando de um fôlego. Com o PIB capenga e o consumo nas cordas, dar mais um chute nos juros agora seria como tentar apagar incêndio com gasolina. Mas calma lá: isso não significa que a guerra contra os preços altos acabou. Só que, pelo visto, resolveram trocar a metralhadora por um rifle de precisão.

E os próximos passos?

Os analistas mais pessimistas já estão coçando a barbicha e prevendo que, se a inflação não der trégua, pode ter mais aumentos no radar. Já os otimistas — sim, ainda existem alguns — acham que o pior já passou e que até o fim do ano a gente pode ver os juros começarem a cair. Aposta arriscada? Sem dúvida. Mas no jogo da economia, como diz meu avô, "quem não arrisca não petisca".

Enquanto isso, o jeito é apertar o cinto e torcer para que essa pausa nos aumentos seja o primeiro sinal de tempos melhores — ou pelo menos menos piores. Porque convenhamos: depois de tanto sufoco, até estabilidade já parece vitória.