
Pois é, catarinense… A notícia que ninguém quer ouvir chegou: prepare o bolso porque a energia elétrica vai ficar mais cara. A partir desta sexta-feira, 22 de agosto, a tarifa sobe, em média, 4,99% no estado. A autorização veio da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que aprovou o reajuste proposto pela Celesc, a distribuidora local.
Não é exatamente uma surpresa – esses aumentos são quase uma tradição anual –, mas dói do mesmo jeito. A justificativa? Ah, sempre a mesma: os custos para distribuir a energia subiram, os investimentos em rede precisam ser feitos… Enfim, o pacote completo.
Quanto vai aumentar, afinal?
O tal do "reajuste médio" é um número enganoso. Na prática, o impacto real depende do seu consumo. Para a maioria das residências, o aumento fica em torno de 5,27%. Quem tem baixa renda e é beneficiário da Tarifa Social de Energia Elétrica sente um pouco menos: 4,86%.
Mas vamos aos números frios, que é o que interessa. A Celesc calculou novos valores de referência para quem consome 100 kWh ou 500 kWh por mês. É uma forma de tentar ilustrar o rombo no orçamento doméstico:
- Para 100 kWh/mês: O valor salta de R$ 124,53 para R$ 131,10. Uma diferença de R$ 6,57.
- Para 500 kWh/mês: A conta vai de R$ 723,65 para R$ 761,78. Um aumento de R$ 38,13.
Parece pouco? Some isso ao preço do leite, do pão, do combustível… No final do mês, faz uma falta danada.
E a bandeira tarifária? Como fica?
Ah, esse é outro ponto crucial que muita gente esquece! Esses valores que a gente vê são só a parcela da distribuição. O valor final da sua conta ainda leva um acréscimo por causa da bandeira tarifária – aquela taxa extra que a gente paga quando os reservatórios das hidrelétricas estão baixos e é preciso acionar termelétricas, que são bem mais caras.
No momento, estamos sob a bandeira verde, que não acrescenta nenhum custo extra. Uma raridade nos últimos tempos! Mas isso pode mudar a qualquer momento, dependendo do regime de chuvas. Fica a dica: o valor da distribuição sobe, e a bandeira pode piorar a situação. Uma combinação perigosa.
O que fazer para tentar amenizar?
Reclamar no grupo da família no WhatsApp não vai reduzir a conta. Algumas atitudes práticas, sim. Desligar aparelhos da tomada, não abrir a geladeira à toa, usar o chuveiro elétrico de forma mais inteligente (e rápida!)… São conselhos batidos, mas que funcionam.
E fica o questionamento: será que a gente vai ver, de fato, uma melhoria na qualidade do serviço por conta desse aumento? Ou é só mais um daqueles custos que a gente absorve sem muito retorno? Só o tempo – e as próximas tempestades de verão – vão dizer.
Uma coisa é certa: a sexta-feira não vai ser tão feliz para o orçamento dos catarinenses.