
Não é todo dia que um banco brasileiro coloca R$ 6 bilhões no bolso em apenas três meses. Pois é, o Bradesco acabou de fazer isso — e ainda assim seu chefe diz que tem chão pela frente. Surpreendente, não?
Os números do segundo trimestre chegaram com força total: um lucro líquido de R$ 6,1 bilhões, quase 6% maior que no mesmo período do ano passado. Parece que a receita líquida também não ficou atrás, batendo na casa dos R$ 20 bilhões. Nada mal pra quem vive num país que teima em dar trabalho pra banqueiro.
O que explica essa maré de dinheiro?
Ah, os detalhes sempre contam a história completa. A carteira de crédito cresceu — claro —, mas o que realmente chamou atenção foi a queda nas provisões para maus empréstimos. Traduzindo: menos gente caloteira do que se esperava. Quem diria, hein?
E olha só essa: a margem financeira bruta deu um salto de 12,5%. Parece que aquele papo de juros altos não foi ruim pra todo mundo... (risos amarelos de quem paga financiamento).
O aviso do chefe
Octavio de Lazari Jr., o CEO do Bradesco, veio com um discurso que mistura comemoração com pé no chão. "Estamos contentes, mas não satisfeitos", soltou, como quem diz "a festa não acabou". Ele destacou três pontos quentes:
- Controle de custos precisa apertar mais
- Eficiência operacional ainda tem onde melhorar
- O tal do "novo normal" pós-pandemia ainda está se desenhando
Dá pra entender o motivo da cautela. O mercado financeiro tá mais imprevisível que previsão do tempo — um dia chove dólar, no outro faz sol de crise. E os bancos, como sempre, no meio do furacão.
E os clientes nessa história?
Bom, enquanto os números verdes brilham nos relatórios, o cidadão comum fica se perguntando: "E meu empréstimo, vai ficar mais barato?" A resposta, infelizmente, parece ser aquela que ninguém quer ouvir: "Calma lá".
O Bradesco sinalizou que vai manter a estratégia de crédito seletivo. Em português claro: empresta, mas só pra quem já tem dinheiro. Aquele velho ditado bancário — "te empresto meu guarda-chuva quando não está chovendo".
Mas nem tudo são espinhos. O banco destacou avanços nos serviços digitais, com mais de 70% das transações agora acontecendo pelo celular. Pelo menos nisso o cliente ganhou algum conforto — pode reclamar das taxas direto do sofá.