
Imagine trocar o ambiente corporativo tradicional por salas de aula em Lisboa, com vista para o Tejo e séculos de história como pano de fundo. Foi exatamente essa experiência que a Sicredi Soma proporcionou a seus colaboradores e conselheiros — e, convenhamos, não é todo dia que uma cooperativa investe dessa forma no desenvolvimento da sua gente.
O programa, que aconteceu entre 23 e 27 de setembro, reuniu 35 participantes em terras portuguesas. Mas não era um simples curso — era uma verdadeira imersão no universo cooperativista europeu, com direito a trocas de experiências que prometem render frutos aqui no Paraná.
Mais do que teoria: a prática do cooperativismo em solo europeu
O que realmente impressiona nessa iniciativa é o timing. Num momento onde muitas empresas cortam gastos com desenvolvimento, a Sicredi Soma decidiu fazer o movimento contrário. E fez com estilo, escolhendo Portugal não por acaso — o país tem uma tradição cooperativista que merece ser estudada de perto.
Os participantes, diga-se de passagem, não eram apenas executivos de alto escalão. A composição do grupo misturava conselheiros eleitos pelos associados com colaboradores de diferentes áreas. Essa diversidade, na minha opinião, foi um acerto estratégico — afinal, o cooperativismo se fortalece quando todos os elos da cadeia evoluem juntos.
Os bastidores de uma decisão ousada
Conversando com alguns dos envolvidos, percebe-se que a expectativa era grande. "Não era só mais uma viagem a trabalho", me contou um dos participantes que preferiu não se identificar. "Senti que a cooperativa realmente acredita que investir nas pessoas é o melhor caminho para crescer de forma sustentável."
E os temas abordados? Vão desde governança cooperativa até tendências do setor financeiro — com a vantagem de serem discutidos sob a perspectiva europeia, que tem suas particularidades interessantes.
O que fica depois da bagagem desfazer
O retorno ao Brasil traz mais do que lembranças e fotos — traz ideias. Muitas ideias. A equipe agora tem o desafio de adaptar o que aprendeu à realidade paranaense, mesclando o melhor dos dois mundos.
Particularmente, acho fascinante como experiências internacionais podem oxigenar práticas locais. O cooperativismo, por definição, é sobre comunidade — mas isso não significa fechar os olhos para o que acontece além das nossas fronteiras.
O programa faz parte de uma estratégia maior da Sicredi Soma, que tem investido pesado em educação corporativa. E isso, convenhamos, é raro de se ver — muitas organizações ainda tratam treinamento como custo, não como investimento.
Um olhar para o futuro
O que me deixa curioso é como esse conhecimento será aplicado na prática. Será que vamos ver mudanças significativas na forma como a cooperativa se relaciona com seus mais de 200 mil associados? O tempo dirá.
Enquanto isso, a Sicredi Soma demonstra — com ações, não apenas com palavras — que acredita no potencial do seu time. E num mercado cada vez mais competitivo, ter pessoas preparadas pode fazer toda a diferença.
No final das contas, iniciativas como essa mostram que o cooperativismo paranaense está de malas prontas para o mundo. E o mundo, parece, tem muito a ensinar.