
Nem bem completou sete dias no mapa e já dá pra sentir o baque. As novas tarifas do governo Trump — aquelas que todo mundo tava torcendo pra não vingar — começaram a apertar o cinto dos exportadores brasileiros. E olha que não foi pouco.
Quem trabalha com commodities, principalmente soja e carne, já sentiu o golpe. "É como se alguém tivesse fechado a torneira do lucro", desabafa um produtor de Mato Grosso que prefere não se identificar. Os números? Bem, eles falam por si só: queda média de 8% nos preços de exportação só nessa primeira semana.
O que está pegando mesmo
O setor automotivo, que já vinha numa montanha-russa de altos e baixos, levou um tombo digno de novela mexicana. Peças e componentes brasileiros — aqueles que os gringos adoram — agora enfrentam uma barreira extra de 15%. Resultado? Algumas fábricas no ABC paulista já estão repensando turnos de trabalho.
- Siderurgia: impacto imediato nas exportações de aço
- Têxtil: pedidos cancelados na última hora
- Fruticultura: contêineres parados nos portos
E tem mais — porque sempre tem. O café, nosso "ouro verde", também entrou na dança. Os compradores internacionais estão segurando os pedidos como quem espera o leite ferver. "É uma situação delicada, pra dizer o mínimo", comenta um corretor de Santos que há 30 anos nunca viu coisa parecida.
E agora, José?
O governo brasileiro — aquele mesmo que prometeu "ações enérgicas" — ainda está engatinhando nas negociações. Fontes próximas ao Itamaraty falam em "diálogo construtivo", mas entre nós? A esperança é a última que morre, mas tá dando sinais de cansaço.
Enquanto isso, nos armazéns dos portos, a conta não fecha. Estoque parado, custos acumulando e um futuro que parece mais cinza do que o céu de São Paulo em agosto. Será que vem solução por aí? Bom, pelo menos o dólar alto ajuda a amenizar — um pouquinho só — o prejuízo.