E lá vamos nós de novo — os Estados Unidos decidiram apertar o cerco, e dessa vez o alvo são produtos que saem direto do nosso quintal. A partir desta quarta-feira (5 de agosto), entra em vigor uma tarifa que promete sacudir as exportações brasileiras. E olha, não vai ser pouco.
O que muda na prática?
Imagine uma faca de dois gumes: de um lado, o governo americano justifica a medida como "proteção ao mercado interno". Do outro, setores inteiros daqui podem sentir o baque. Entre os mais afetados:
- Aço e alumínio — os clássicos, sempre na mira
- Sucos de laranja — a Florida agradece
- Carnes — principalmente a bovina
- Tabaco — um golpe direto no Sul do país
Não é exagero dizer que alguns produtores já estão com o pé atrás. "A gente se vira como pode", comenta um exportador de aço que prefere não se identificar — e você entende o porquê.
E o consumidor brasileiro?
Aqui a coisa fica interessante. Teoricamente, quem exporta poderia redirecionar parte da produção para o mercado interno. Mas entre teoria e prática... bem, você conhece o ditado. Alguns especialistas acham que pode até rolar uma leve queda nos preços de certos produtos. Outros? Céticos totais.
"Depende muito de como os setores vão se reorganizar", explica uma economista enquanto toma seu café — ironicamente, um produto que escapou da lista tarifária. "Mas é cedo pra cantar vitória ou entrar em pânico."
O jogo geopolítico
Não dá pra ignorar o timing, né? Enquanto isso, o Itamaraty diz que está "analisando medidas" — o que, traduzindo do politiquês, significa que a bola agora está com os negociadores. A questão é: será que temos cartas na manga?
Uma coisa é certa: em ano de eleição americana, essas jogadas tendem a ser mais... digamos, teatrais. Resta saber até que ponto é blefe e até que ponto vai doer de verdade no nosso lado.
