
O assunto que não sai dos bastidores do Planalto finalmente ganhou contornos mais nítidos — mas ainda com um pé na sombra. O vice-presidente Geraldo Alckmin soltou o verbo nesta quarta (7) e confirmou: o tal Plano de Contingência do Tarifaço já foi apresentado ao presidente Lula. Só que... (sempre tem um 'só que', né?) ninguém sabe quando essa bomba vai estourar oficialmente.
— Já passamos as informações, mas o timing do anúncio? Isso fica com o presidente — disse Alckmin, num daqueles meios-termos que políticos adoram. Traduzindo: 'A gente entrega o pacote, mas não queremos ser os culpados pelo estrago'.
O que tá rolando nos bastidores?
Fontes que respiram o ar pesado dos corredores ministeriais contam que o plano é um quebra-galho emergencial — aquela velha história de 'tampar o sol com a peneira'. Entre as medidas discutidas (e olha que algumas são polêmicas pra chuchu):
- Vale-gás turbinado para famílias de baixa renda
- Subsídios cruzados entre setores — leia-se: tirar de Pedro para pagar Paulo
- Revisão de contratos com concessionárias (essa promete briga)
Não é segredo pra ninguém que o governo tá dançando na corda bamba. De um lado, a pressão do mercado — esses caras não brincam em serviço. Do outro, o fantasma da inflação assombrando o prato de arroz e feijão do brasileiro.
E o povo? Bem... o povo que se vire
Enquanto os técnicos do Ministério da Fazenda fazem malabarismos com planilhas, o cidadão comum já sente no bolso:
- Conta de luz subindo mais que pipa em dia de ventania
- Gás de cozinha custando um rim (e meio)
- Transporte público — esse então, nem se fala
— O que me deixa puto é que sempre somos os últimos a saber — reclama Marcos, taxista há 20 anos em São Paulo, enquanto ajusta o taxímetro pela quarta vez este mês.
Ps.: Se você tá esperando milagre, melhor acender uma vela. Até porque, como dizia minha avó: 'De político e de cobra, só se espera o bote'.