Pois é, a coisa não está tão bonita quanto se esperava por lá. O Instituto Nacional de Estatística e Geografia do México (INEGI) soltou os dados e... surpresa desagradável. A economia mexicana praticamente estagnou no segundo trimestre deste ano, registrando um crescimento minguado de apenas 0,1% na comparação com os três meses anteriores.
Parece pouco? Porque é mesmo. E olha que o negócio fica mais complicado quando a gente coloca na ponta do lápis. A expectativa geral do mercado – aquela galera que fica de olho nos números o dia todo – era de um crescimento quatro vezes maior, na casa dos 0,4%. A realidade veio e deu uma rasteira.
E no confronto anual? A situação muda de figura?
Bom, até que sim, mas nem tanto. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o PIB mexicano cresceu 2.1%. Pode até parecer um número robusto, mas de novo: ficou abaixo do esperado. Os economistas, que são um bicho pessimista por natureza, já projetavam algo em torno de 2.3%. Mais uma vez, a performance real ficou devendo.
Isso me faz pensar: será que é só um solavanco momentâneo ou o início de uma tendência mais preocupante? O INEGI, sempre metódico, apontou que o setor primário (aquele das atividades agropecuárias) foi o que mais puxou a brasa para a sardinha, com um salto expressivo. Já os setores secundário (indústria) e terciário (serviços) ficaram praticamente no zero a zero, contribuindo muito pouco para o resultado final.
E agora, José?
Esses números jogam uma luz amarela – quiçá até laranja – sobre a saúde econômica do nosso vizinho norte-americano. Num mundo ainda se recuperando de tantos choques, qualquer sinal de fraqueza é motivo para virar a chave e ficar de sobreaviso. O governo mexicano certamente vai ter que explicar essa e, quem sabe, repensar algumas apostas.
Fica o registro. Um trimestre não faz uma crise, mas sem dúvida alguma é um belo de um aviso. O resto do ano promete, e muito. Vamos ver se o México consegue reagir e surpreender de novo, mas pra melhor desta vez.
