Haddad pressiona por debate urgente sobre minerais estratégicos do Brasil: 'Não dá mais para esperar'
Haddad pressiona por debate urgente sobre minerais do Brasil

O Brasil não pode mais ficar de braços cruzados enquanto o mundo avança na corrida pelos minerais do futuro. A fala é de Fernando Haddad, ministro da Economia, que ontem cutucou a brasa com vara curta durante evento em Brasília.

"Tem coisa que não pode esperar a próxima legislatura", disparou o ministro, com aquela cara de quem já viu o trem passar demais na história do país. "Ou a gente discute agora como explorar nossos recursos com inteligência, ou vamos ficar pra trás igual time pequeno em campeonato grande."

O que está em jogo?

Níquel, lítio, terras-raras - não, não é lista de compras de mineradora. São os chamados "minerais críticos", aqueles que:

  • Alimentam baterias de carros elétricos
  • Viabilizam turbinas eólicas
  • São essenciais para chips e tecnologias verdes

E adivinha só? O Brasil tem reservas consideráveis desses tesouros modernos. Só que... (sempre tem um "só que") estamos patinando na regulamentação.

O dilema brasileiro

De um lado, a pressa. O mercado global desses minerais deve quadruplicar até 2040. Do outro, os cuidados ambientais e sociais - porque ninguém quer repetir os erros do passado, certo?

"Não se trata de sair cavando o país todo", esclareceu Haddad, fazendo cara séria. "Mas de criar regras claras que atraiam investimentos responsáveis." Traduzindo: como conciliar desenvolvimento econômico com sustentabilidade?

E olha que o timing é crucial. Enquanto países como Chile e Indonésia já estão na frente nessa briga, aqui ainda discutimos se discute. Até quando?

Os números que assustam

Só pra ter ideia:

  • Demanda por lítio deve crescer 42 vezes até 2040
  • Terras-raras são essenciais para 80% das tecnologias verdes
  • Brasil importa 60% do níquel que consome - sendo que temos reservas

Isso sem falar naquela velha história: exportamos matéria-prima barata e importamos produto caro. Soa familiar?

E agora?

O ministro adiantou que o governo prepara medidas para:

  1. Aceleração de licenças ambientais (com critério)
  2. Incentivos fiscais para processamento interno
  3. Parcerias com universidades para pesquisa aplicada

Mas alerta: "Sem debate qualificado, qualquer medida será paliativa." E você, acha que o Brasil vai acordar a tempo ou vai perder mais esse bonde da história?