
Parece que o café da manhã dos exportadores brasileiros ficou mais amargo esta semana. Com a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos — aquela facada que ninguém esperava —, as empresas tiveram que correr para renegociar contratos e preços com seus clientes do outro lado do Atlântico.
E olha, não está sendo fácil. Alguns exportadores, principalmente do setor agrícola (sim, aqueles que já vinham sofrendo com os caprichos do clima), estão tendo que "engolir sapos" e absorver parte do custo extra para não perder contratos. Outros, porém, conseguiram repassar pelo menos uma fatia desse aumento — mas ninguém saiu ileso.
O jogo das cadeiras musicais comerciais
Imagine a cena: de um lado, empresas brasileiras com planilhas no vermelho; do outro, importadores americanos relutantes em pagar mais. No meio, uma dança de números que lembra aquelas negociações de camelô — mas com muitos zeros a mais.
- Setor de aço: conseguiu repassar cerca de 30% do aumento
- Produtos agrícolas: absorvendo até 70% do impacto (ai, ai, ai...)
- Bens manufaturados: situação variável — alguns itens viraram "persona non grata"
Não é à toa que os escritórios de comércio exterior estão trabalhando no modo "apaga incêndio". E tem mais: alguns contratos de longo prazo simplesmente viraram pó — como castelo de areia na maré alta.
Efeito dominó à vista?
Os especialistas — aqueles que adoram um gráfico complicado — já estão prevendo um efeito cascata. Se as negociações não avançarem, pode rolar:
- Redução de margens de lucro (óbvio)
- Cortes em investimentos (já começou em alguns lugares)
- Possível diminuição da produção (e olha que a safra estava boa)
- Impacto nos empregos (aí a coisa fica séria)
Mas calma, nem tudo está perdido! Algumas empresas descobriram brechas criativas — como mudar classificações fiscais de produtos ou buscar rotas alternativas. Parece jogo de xadrez, só que com dólares em vez de peças.
No meio desse turbilhão, uma coisa é certa: o Brasil vai precisar de mais do que sorte para navegar nessas águas turbulentas do comércio internacional. E você, acha que as empresas estão exagerando ou é preocupação justificada?