
Quem diria, hein? A Argentina, depois de anos no sufoco, finalmente está dando sinais de vida — e o Brasil está surfando nessa onda como ninguém. Os números não mentem: nossas exportações para os hermanos cresceram mais de 50% no último trimestre. Um baile!
Segundo dados fresquinhos do Ministério da Economia, só em julho o volume bateu US$ 2,3 bilhões. Para comparar, no mesmo período do ano passado, mal chegava a US$ 1,5 bi. Diferença que dói no bolso — no bom sentido, claro.
Quem tá mandando bem?
Olha só essa mistura:
- Automóveis — dispararam 72% (os argentinos adoram um carro brasileiro, né?)
- Máquinas agrícolas — subiram 58% (a colheita deles agradece)
- Produtos químicos — 49% a mais (indústria acordando)
E não para por aí. Até o setor de calçados, que tava meio capenga, deu um salto de 35%. Coisa fina!
Por que agora?
Parece que a Argentina resolveu tirar o time do sufoco. Com uma inflação que finalmente começou a ceder e um câmbio menos turbulento, os hermanos voltaram a comprar — e o Brasil, sempre esperto, soube entregar.
— É como se alguém tivesse ligado a luz depois de um blecaute — brinca o economista Ricardo Moraes, da consultoria TradeMap. — Só que, em vez de lâmpadas, são caminhões de produtos cruzando a fronteira.
Ah, e tem mais: o governo argentino reduziu algumas barreiras alfandegárias, o que deixou o caminho mais livre. Juntou a fome com a vontade de comer.
E o futuro?
Se depender dos analistas, o trem tá só começando. A previsão é que, até o fim do ano, o volume total ultrapasse US$ 9 bilhões. Mas calma, não é hora de soltar foguete ainda — a Argentina é aquela amiga que hoje tá bem, amanhã… quem sabe?
— A gente comemora, mas com um pé atrás — admira a secretária de Comércio Exterior, Ana Beatriz. — Mercosul é assim: quando vibra, vibra junto.
Enquanto isso, os caminhoneiros na fronteira já tão com a agenda cheia. E o Brasil? Bem, o Brasil segue no jogo, de olho no placar e no vento a favor.