Cesta básica em Campo Grande tem queda de 0,43% em outubro
Cesta básica em Campo Grande cai 0,43% em outubro

Os consumidores de Campo Grande tiveram um pequeno alívio no orçamento familiar durante o mês de outubro. Segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o custo da cesta básica na capital sul-mato-grossense registrou queda de 0,43% em relação a setembro.

O valor médio da cesta básica em Campo Grande ficou estabelecido em R$ 777,28 no mês de outubro. Apesar da redução recente, a cidade mantém uma posição preocupante no ranking nacional, sendo a sexta capital com a cesta básica mais cara do país, atrás apenas de São Paulo, Florianópolis, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Cuiabá.

Variação mensal dos preços

A análise detalhada dos produtos que compõem a cesta básica revela um cenário misto para o bolso do consumidor. Entre setembro e outubro, oito dos treze itens pesquisados apresentaram redução nos preços, enquanto outros cinco ficaram mais caros.

Os alimentos que registraram queda de preço foram:

  • Arroz agulhinha: -4,99%
  • Banana: -4,11%
  • Açúcar cristal: -2,86%
  • Manteiga: -2,73%
  • Leite integral: -2,59%
  • Café em pó: -2,03%
  • Pão francês: -0,50%
  • Feijão carioca: -0,30%

Por outro lado, alguns produtos tiveram aumento significativo:

  • Batata: +11,53%
  • Tomate: +4,06%
  • Óleo de soja: +2,63%
  • Farinha de trigo: +1,15%
  • Carne bovina de primeira: +0,15%

Impacto no poder de compra

A redução no custo da cesta básica trouxe um pequeno alívio para os trabalhadores que recebem salário mínimo. Em outubro de 2025, com o salário mínimo em R$ 1.518,00, o trabalhador de Campo Grande precisou trabalhar 112 horas e 39 minutos para adquirir os produtos da cesta básica.

Esse tempo representa uma melhora em relação ao mês anterior, quando eram necessárias 113 horas e 8 minutos de trabalho. A comparação com outubro de 2024 é ainda mais significativa: naquele período, com salário mínimo de R$ 1.412,00, o tempo necessário chegava a 117 horas e 1 minuto.

O comprometimento da renda familiar também apresentou melhora. Considerando o desconto de 7,5% da Previdência Social, o trabalhador precisou destinar, em média, 55,36% da renda líquida para comprar a cesta básica em outubro de 2025. Em setembro, esse percentual era de 55,90%, e em outubro de 2024, chegava a 57,70%.

Análise de tendências

Apesar da queda mensal, a perspectiva de longo prazo ainda preocupa. Na comparação com outubro de 2024, a cesta básica em Campo Grande registrou alta de 3,94%. No acumulado de 2025, o aumento foi de 0,90%.

Alguns produtos apresentaram variações extremas nos últimos doze meses. O café em pó lidera as altas com impressionantes 58,87%, seguido pelo tomate (32,34%) e óleo de soja (26,08%). No lado oposto, a batata registrou queda expressiva de 45,76%, enquanto o arroz agulhinha ficou 33,28% mais barato.

Essas flutuações demonstram a volatilidade dos preços dos alimentos e o desafio constante que as famílias brasileiras enfrentam para manter o padrão de alimentação adequada dentro do orçamento familiar.