Bolsa Desaba: IPCA-15 no Brasil e PIB Americano Deixam Mercado em Alerta Máximo
Bolsa Desaba com IPCA-15 no Brasil e PIB dos EUA

Parece que a semana não poderia ter começado de forma mais conturbada para os investidores. Logo na abertura dos negócios desta segunda-feira, o Ibovespa, nosso principal termômetro do mercado acionário, já dava sinais claros de que a sessão seria daquelas para segurar a respiração. E não deu outra.

O índice fechou em queda firme, lá pelos 127 mil pontos – uma baixa de 0,69%, para ser mais exato. Uma verdadeira ladeira abaixo, que deixou todo mundo com os nervos à flor da pele.

O Fantasma da Inflação Assombra de Novo

E o grande vilão do dia? Sem dúvida, foi o IPCA-15, aquele prévia da inflação que a gente sempre fica de olho. Os números de maio simplesmente não vieram para brincadeira: uma alta de 0,44%. Pode parecer pouco, mas aí é que mora o perigo – foi bem acima do que os economistas mais otimistas estavam prevendo.

O detalhe que mais preocupa é que essa pressão inflacionária teima em não dar trégua. Quando você olha para os últimos doze meses, o acumulado chega a assustadores 3,93%. Parece que a inflação virou aquele hóspede indesejado que simplesmente não quer ir embora.

E Do Outro Lado do Mundo…

Enquanto isso, nos Estados Unidos, a situação também não ajudou em nada. O primeiro trimestre do ano trouxe uma revisão para baixo do PIB de lá – ficou em 1,3%, um ritmo mais lento do que o inicialmente calculado. Isso, claro, mexe com o humor do mercado global inteiro.

E olha, o dólar não perdoa. Com os ventos desfavoráveis soprando de todas as direções, a moeda americana disparou frente ao real, fechando com uma valorização de 0,82%, cotada a R$ 5,18 na venda. Quem precisa comprar moeda estrangeira sabe bem o que isso significa no bolso.

Setores no Vermelho: Quem Mais Sentiu o Baque?

Não foi um dia fácil para praticamente ninguém na bolsa. Mas alguns setores sofreram mais do que outros. Dá uma olhada:

  • Varejo: Levou uma das piores pancadas. Com a inflação pressionando o poder de compra do consumidor, as ações do setor afundaram.
  • Consumo Cíclico: Seguiu o mesmo caminho doloroso. Em tempos de incerteza, esse tipo de empresa costuma ser o primeiro a sentir o impacto.
  • Bens Industriais: Também não escapou da maré negativa que dominou o pregão.

Por incrível que pareça, até mesmo as commodities, que geralmente são uma âncora em dias ruins, não conseguiram segurar a barra. O minério de ferro, por exemplo, recuou mais de 2% nas bolsas internacionais. E o petróleo? Nem se fala – uma queda de mais de 1% deixou o clima ainda mais pesado.

É aquela velha história: quando a maré vira, tudo vai junto. E hoje a maré estava mesmo brava.

E Agora, José?

Bom, o dia foi duro, isso é inegável. Mas e o que esperar do amanhã? A sensação que fica é de que os mercados vão continuar extremamente sensíveis a qualquer notícia, seja ela doméstica ou internacional.

A inflação teimosa no Brasil, combinada com a desaceleração econômica nos EUA, cria um cenário… bem, complicado, para não usar outra palavra. Os investidores provavelmente vão ficar na defensiva, analisando cada dado com lupa antes de tomar qualquer decisão.

Uma coisa é certa: a semana promete ser de muita atenção. E de coração na mão, quem sabe.