Numa jogada que promete esquentar os ânimos do setor produtivo, o vice-presidente Geraldo Alckmin soltou o verbo nesta terça (13) sobre um pacote de medidas para segurar a bronca do chamado 'tarifaço'. E olha que a coisa veio com detalhes que podem fazer a diferença no bolso de muita gente.
Drawback volta com força total
Quem diria, hein? A reintegração do Drawback — aquele mecanismo que devolve impostos para empresas que exportam — foi anunciada como carro-chefe do pacote. "É como devolver o escorregador para as crianças brincarem", brincou um empresário do setor têxtil, que preferiu não se identificar.
Na prática, a medida permite que indústrias voltadas para o mercado externo respirem mais aliviadas. Afinal, com os novos aumentos nas tarifas de importação, qualquer ajuda é bem-vinda.
Linhas de crédito sob medida
Mas não para por aí. O governo também vai liberar:
- Financiamentos com juros camaradas para quem precisa modernizar máquinas
- Prazos esticados para pagamento de dívidas tributárias
- Um esquema especial para setores mais sensíveis, como eletrônicos e autopeças
Alckmin, que parece ter virado o "pai dos pobres" do setor industrial, foi enfático: "Não vamos deixar ninguém na mão". Palavra forte, mas será que cola?
Setores reagem com cautela
Nas entrelinhas, a Fiesp já soltou foguetes — mas com estilingue. O presidente da federação, Josué Gomes, elogiou as medidas, porém deixou escapar que "o diabo mora nos detalhes". E não é que ele tem razão?
Enquanto isso, nas redes sociais, a galera do comércio exterior tá dividida. Uns comemoram como se fosse gol nos acréscimos, outros torcem o nariz achando que é pouco para tanto estrago.
Uma coisa é certa: o governo botou a carroça na frente dos bois ao anunciar o aumento das tarifas primeiro e o socorro depois. Agora, resta saber se essas medidas vão ser o analgésico que a indústria precisa ou só um band-aid num machucado profundo.
