
Um concurso público para o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) foi suspenso após a identificação de possíveis irregularidades no sistema de cotas raciais. A medida foi tomada após denúncias de que candidatos brancos estariam se declarando negros ou pardos para aumentar suas chances de aprovação.
Segundo fontes internas, a suspeita surgiu após análise das fotos dos inscritos nas cotas, que apresentavam discrepâncias em relação às autodeclarações. O tribunal decidiu paralisar o processo seletivo para investigar os casos e garantir a lisura do concurso.
Como funciona o sistema de cotas no concurso?
As cotas raciais são uma política afirmativa que reserva vagas para negros, pardos e indígenas em concursos públicos, com o objetivo de promover maior diversidade no serviço público. No caso do TRF-3, 20% das vagas são destinadas a esses grupos.
Próximos passos da investigação
O tribunal formou uma comissão para analisar cada caso suspeito. Os candidatos envolvidos poderão ser convocados para entrevistas ou até mesmo ter suas inscrições canceladas, caso se confirme a fraude. A expectativa é que o concurso seja retomado após a conclusão das apurações.
Especialistas em direito administrativo alertam que tentativas de burlar o sistema de cotas podem configurar crime de falsidade ideológica, com penas que incluem multa e até prisão.