
O que está acontecendo no Acre? Os números do Concurso Nacional Unificado de 2025 pintam um cenário bastante preocupante para o estado. Enquanto o país inteiro acompanhava as provas, aqui a história foi diferente - e não do jeito bom.
Dá até uma certa vergonha alheia: de todos os inscritos acreanos, apenas 37,5% apareceram para fazer as provas. Sim, você leu certo - mais da metade simplesmente deu para trás. Só perdemos para Roraima nesse ranking nada honroso.
Os números que não mentem
Pensa numa diferença gritante! Enquanto Santa Catarina lidera com 78% de presença - quase o dobro da nossa taxa - aqui no Acre a coisa ficou feia. E olha que não foi por falta de vagas: eram mais de 11 mil oportunidades espalhadas por 20 órgãos federais.
Mas calma, que a situação é ainda mais complexa. O Ministério do Planejamento revelou que, no geral, o Brasil teve 58% de comparecimento. Ou seja: estamos bem abaixo da média nacional. Preocupante, não?
E as justificativas?
Bom, aqui entramos num terreno espinhoso. Será que foi falta de interesse? Dificuldade de locomoção? Ou será que muitos se inscreveram "só por desencargo de consciência", como diz minha avó?
O fato é que perder uma oportunidade dessas... Me poupe! São cargos com salários que beiram os R$ 6 mil, benefícios, estabilidade - tudo que muita gente sonha. E mesmo assim, o povo não foi.
E não pense que foi só aqui. Olha só esses estados que também se saíram mal:
- Roraima: campeão dos faltosos com 65% de ausência
- Amapá: 61% não compareceram
- Amazonas: 59% de abstenção
- Rondônia: 57% deram bolo
E agora, José?
O que essa situação nos diz sobre o Acre? Será que é descrença nos concursos públicos? Falta de preparação? Ou simplesmente aquela velha história de "deixar para a última hora" que todo mundo conhece?
Particularmente, acho que tem um pouco de tudo. Mas uma coisa é certa: oportunidades como essa não aparecem todo dia. E quando aparecem... bem, já vimos o que acontece.
Enquanto isso, lá em Santa Catarina o povo deve estar comemorando - e com razão. Quase 8 em cada 10 inscritos fizeram as provas. Diferença cultural? Vontade? Preparo? Difícil dizer.
O que sabemos é que o Acre precisa repensar sua relação com os concursos públicos. Porque no fim das contas, quem perde somos nós mesmos. E isso, convenhamos, é uma pena das grandes.