
Parece que o trigo resolveu entrar em queda livre — e não é exagero. Pelo terceiro mês consecutivo, os preços desse grão essencial despencaram, deixando produtores de cabelo em pé e consumidores se perguntando: 'Até quando?'.
Dados recentes mostram que a saca de 60 kg, que já foi uma estrela em alta, agora patina em valores que lembram tempos mais modestos. E olha que a safra nem foi tão ruim assim — o problema, meu amigo, está na dança dos números globais.
O Xis da Questão
Três fatores principais estão virando o jogo:
- Excesso de oferta: Os estoques mundiais estão abarrotados, graças a colheitas generosas na Rússia e Ucrânia — sim, aquela turma que não para de surpreender.
- Dólar menos assustador: Com a moeda americana dando uma sossegada, os importadores respiraram aliviados.
- Consumo morno: Pães, bolos e biscoitos seguem nas prateleiras, mas sem aquele frenesi de antes.
E tem mais: os produtores brasileiros, aqueles guerreiros do cerrado, estão entre a cruz e a espada. 'Plantamos na esperança, colhemos na incerteza', diz um agricultor de Goiás que prefere não se identificar — afinal, ninguém gosta de falar de prejuízo.
E o Consumidor? Ganha ou Perde?
Pois é, aí vem a parte curiosa. Em teoria, preço menor no campo deveria significar pão mais barato na padaria, certo? Não tão rápido. A indústria e o comércio têm seus próprios ritmos — e margens para proteger.
Mas calma, não é tudo pessimismo. Especialistas acreditam que, se a tendência continuar, até o final do ano poderemos sentir algum alívio nos preços dos derivados de trigo. Só não espere milagres — a farinha tem seus truques.
Enquanto isso, os moinhos brasileiros aproveitam para estocar matéria-prima a preços mais camaradas. E os produtores? Bem, eles torcem para que essa seja só mais uma fase — daquelas que a gente olha para trás e diz: 'Lembra quando achamos que ia ser o fim do mundo?'