
Numa jogada que mistura desespero com esperança, o produtor rural Evair de Melo resolveu bater em uma porta improvável: a de Donald Trump. Sim, o ex-presidente americano, aquele mesmo que adora um cafezinho – e um bom acordo comercial.
"Trump entende de negócios e sabe o valor do nosso café", dispara Melo, num tom que oscila entre a reverência e a urgência. O que parece piada é, na verdade, um grito de socorro de quem vê o "ouro verde" brasileiro perder espaço no cenário internacional.
O apelo que virou caso de política (e de paixão)
Não é todo dia que um agricultor do interior do Espírito Santo resolve escrever para uma das figuras mais polêmicas da política mundial. Mas Melo não é qualquer um – e a situação tampouco.
Com uma caneta que parece carregada de adrenalina, ele descreve:
- O café brasileiro sendo "empurrado para escanteio" nos mercados globais
- Barreiras comerciais que mais parecem "muros invisíveis"
- Um setor que sustenta famílias há gerações agora "engolido por burocracias"
"Precisamos de alguém que fale a língua do comércio com a força de um touro", insiste o produtor, numa clara referência ao estilo Trump de negociar.
Por que justo Trump?
Aqui a coisa fica interessante. Melo argumenta que:
- O republicano sempre defendeu produtos americanos – e entenderia a luta brasileira
- Sua postura "cão de guarda" nas negociações seria ideal para enfrentar barreiras injustas
- O café poderia ser a "nova fronteira" nas relações Brasil-EUA
Não custa lembrar: durante seu mandato, Trump realmente elevou o tom nas discussões comerciais globais. Resta saber se essa carta chegará às mãos certas – e se terá o efeito desejado.
Enquanto isso, os produtores seguem na labuta diária, torrando paciência junto com os grãos. O cheiro de café fresco ainda domina as plantações, mas no ar paira um gosto amargo de incerteza.