
O sossego das abelhas em Sergipe está com os dias contados — e não, não é exagero. Uma ameaça invisível ronda as colmeias do estado, deixando apicultores de cabelo em pé. A tal da Praga da Cria Ensacada, que soa até nome de filme de terror rural, pode desembarcar por aqui a qualquer momento.
E olha, não é brincadeira não. Essa doença viral ataca justamente as crias mais novas das abelhas, deixando aqueles bichinhos todos deformados. O resultado? Colmeias inteiras podem vir abaixo, e a produção de mel — que já não é moleza — vai pro espaço.
O Fantasma que Assombra os Apiários
Agora em outubro, com a chegada das chuvas, o risco aumenta consideravelmente. É como se fosse a temporada de furacão para as abelhas sergipanas. A Agência de Defesa Sanitária Agropecuária (Adema) já está de sobreaviso, mas a verdade é que o perigo pode bater à porta quando menos se espera.
"A gente fica de olho o tempo todo", confessa um apicultor que preferiu não se identificar. "É como cuidar de bebê — tem que ver temperatura, alimentação, se tem algum bicho diferente rondando..."
O Que Fazer Quando o Inimigo Chegar?
- Não entre em pânico — mas também não demore para agir
- Isole a colmeia suspeita imediatamente
- Entre em contato com a Adema pelo (79) 3198-7800
- Não tente tratamentos caseiros — pode piorar a situação
- Mantenha as outras colmeias sob observação redobrada
O pior de tudo? Essa praga é silenciosa. Pode chegar através de enxames migratórios, abelhas rainhas contaminadas ou até mesmo no equipamento de outros apicultores. É praticamente um vírus de computador, mas para abelhas.
Além do Mel: O Que Está em Jogo
Parece exagero preocupar-se com um bichinho tão pequeno? Pois é melhor pensar de novo. As abelhas são responsáveis por polinizar cerca de 70% das plantas agrícolas. Sem elas, não tem mel, não tem fruta, não tem praticamente nada.
Em Sergipe, onde a apicultura vem ganhando espaço como alternativa econômica importante, uma praga dessas pode significar prejuízos incalculáveis. E não são só os produtores que saem perdendo — toda a cadeia alimentar fica comprometida.
O alerta está dado. Resta saber se conseguiremos proteger nossas pequenas trabalhadoras aladas a tempo.