
Parece que o mundo finalmente está acordando para uma realidade que nós, do campo, sempre soubemos: as mulheres estão revolucionando a agricultura. E dessa vez, quem levou essa mensagem para o cenário global foram elas mesmas, de peito aberto e muito conhecimento na bagagem.
Na Bélgica, sabe? Um painel internacional que reuniu especialistas de vários cantos do planeta teve um sabor especialmente brasileiro. Nossas representantes não foram lá para fazer número — foram para mostrar como se faz.
Voz ativa e transformadora
O que mais me impressiona, sinceramente, é como essas mulheres conseguiram traduzir em palavras uma realidade que muitas vezes fica escondida atrás dos números do agronegócio. Elas falaram de gestão, claro, mas também de algo que vai muito além: daquela conexão quase intuitiva com a terra, do cuidado com as pessoas que trabalham no campo, dessa visão holística que transforma propriedades rurais em verdadeiros ecossistemas produtivos.
E olha, não foi discurso vazio não. Trouxeram cases concretos, exemplos reais de como a participação feminina está mudando a cara — e o futuro — do campo brasileiro.
Desafios? Muitos. Superação? Mais ainda
Agora, vamos combinar que nada disso veio fácil. A conversa também não fugiu dos obstáculos que essas guerreiras enfrentam no dia a dia. Acesso a crédito, por exemplo — ainda é uma barreira e tanto. Herdamos um sistema financeiro que, convenhamos, nem sempre entende as particularidades da gestão feminina no agro.
E a tecnologia? Pois é, outro ponto crucial. Elas destacaram como a inclusão digital no campo ainda precisa avançar, mas quando avança... meu Deus, a transformação é impressionante.
Mas sabe o que mais me chamou atenção? A resiliência. Essas mulheres não só identificam os problemas — elas criam soluções, muitas vezes com criatividade que dá inveja a qualquer MBA por aí.
O reconhecimento que vem de longe
O mais gratificante, ao meu ver, foi ver como a plateia internacional reagiu. Não era só interesse — era admiração genuína pelo trabalho que está sendo desenvolvido aqui nas nossas terras. Parece que o mundo finalmente está percebendo que o agro brasileiro tem muito a ensinar, especialmente quando quem está no comando são mulheres.
E pensar que ainda tem gente que acha que lugar de mulher não é no gerenciamento de propriedades rurais... Que visão ultrapassada!
O evento serviu, basicamente, como um megafone global para uma verdade que aqui dentro a gente já conhece: as mulheres rurais brasileiras não são coadjuvantes. São protagonistas de uma mudança profunda e necessária.
E olha, depois de ver a receptividade lá fora, tenho quase certeza de que essa é só a primeira de muitas participações internacionais. O agro feminino brasileiro chegou para ficar — e para ser visto.