
Olha só que virada interessante no mercado de soja! Depois de um período que parecia não ter fim — aquela fase em que o farelo ditava as regras e deixava o óleo pra trás —, a balança finalmente se moveu. E como!
Os números de setembro trouxeram um alívio quase palpável para as indústrias processadoras. O óleo de soja, que vinha numa maré meio baixa, simplesmente superou o farelo na margem industrial. Não foi por pouco, não. A diferença chegou a impressionantes 9,3 pontos percentuais. Quem diria, hein?
Os números que animaram o setor
A margem bruta do óleo disparou para 35,6%, enquanto o farelo ficou estacionado nos 26,3%. Isso representa uma mudança e tanto no cenário — e olha que estamos falando de setembro, mês que normalmente já traz certa expectativa com a safra nova chegando aí.
Mas calma lá que a coisa tem seus poréns. Apesar do óleo estar nadando de braçada, o farelo... bem, o farelo ainda patina um pouco. A margem dele até que subiu comparando com agosto, mas continua abaixo do que a gente viu no mesmo período do ano passado. Coisa de 3,4 pontos percentuais a menos, pra ser exato.
E por trás desses números?
O que explica essa reviravolta? Dois fatores principais: primeiro, o preço do óleo no mercado internacional deu uma bela subida — coisa de 5,6% só em setembro. Já o farelo... bem, esse caiu 2,8%. Quando você coloca na ponta do lápis, a conta fecha a favor do óleo, claro.
E tem mais: o câmbio também entrou nessa dança. O dólar valorizado frente ao real acabou dando uma mãozinha extra para as exportações. Quem produz óleo deve estar sorrindo à toa.
Mas é aquela história — no agronegócio, comemora-se hoje porque amanhã... bom, amanhã é outro dia. A safra nova chegando pode mudar tudo de novo. Os preços internos da soja em grão já mostram certa pressão de baixa, sinal de que a oferta nova começa a chegar nos armazéns.
E agora, o que esperar?
O momento é de otimismo cauteloso, digamos assim. A indústria respira um pouco mais aliviada depois de meses complicados, mas sabe que a volatilidade é companheira constante nesse ramo.
Uma coisa é certa: essa mudança nas margens mostra como o mercado de commodities agrícolas é dinâmico — e como as surpresas podem vir justamente quando menos se espera. Resta saber se o óleo consegue manter essa dianteira ou se o farelo vai reagir nos próximos meses.
Enquanto isso, os processadores aproveitam esse fôlego. Porque no agronegócio, como bem sabem os que estão há tempos no ramo, tem que comemorar as vitórias — por menores que pareçam — sempre que possível.