Parece que o café brasileiro pode ganhar um fôlego extra no mercado internacional. Um deputado democrata dos Estados Unidos — sim, aquele país que vive de Starbucks — decidiu abraçar a causa dos nossos grãos. Quer coisa mais inesperada?
O tal parlamentar, Jim McGovern (aquele mesmo que já encheu a boca pra falar de direitos humanos), tá de olho num projeto pra zerar as tarifas do café verde brasileiro. E olha que não é pouco: atualmente, os importadores americanos desembolsam 2,5 centavos por libra-peso — o que no fim das contas dá uma bela grana.
Por que isso importa?
O Brasil é o rei do café — produzimos mais de um terço do que o mundo consome. Mas sabe como é: toda taxinha a mais pesa no bolso do comprador lá fora. Se essa lei passar, pode ser o empurrão que faltava pra aumentar nossas exportações.
— "É uma questão de justiça comercial", soltou McGovern, que parece ter descoberto agora que café não nasce em cápsula. A proposta dele mira especificamente o café verde (aquele não torrado), que representa a maior parte das exportações brasileiras.
O outro lado da xícara
Mas calma lá que nem tudo são flores — ou melhor, grãos aromáticos. A indústria americana de torrefação já começou a chiar. Eles alegam que a medida poderia prejudicar produtores locais, especialmente os de pequena escala. Será que vão conseguir segurar a onda?
Enquanto isso, por aqui, os exportadores brasileiros tão com o olho brilhando. "Isso pode equilibrar o jogo contra outros produtores que já têm acordos preferenciais", comentou um anônimo do setor — porque né, quando se trata de comércio exterior, todo mundo fica com um pé atrás de falar abertamente.
Curiosidade: você sabia que os EUA importaram 4,6 milhões de sacas de café brasileiro só no ano passado? Pois é. E tudo indica que esse número pode subir como espuma de cappuccino se a proposta vingar.
