Ceará Reage a Tarifa dos EUA com Compra Massiva de Água de Coco e Cajuína
Ceará compra água de coco e cajuína após tarifa EUA

Eis que os Estados Unidos resolvem aumentar as tarifas de importação para produtos brasileiros — e o que faz o Ceará? Dá uma de esperto e vira o jogo. Sabe aquela história de "se a vida te der limões, faça uma limonada"? Pois é, mas aqui a gente troca limões por coco e caju.

O governador Elmano de Freitas, num daqueles movimentos que a gente até suspira de alívio, anunciou nesta sexta-feira (22) que o estado vai comprar diretamente dos produtores locais toda a produção de água de coco e cajuína que estava ameaçada pela medida americana. Uma jogada de mestre, diga-se de passagem.

Medida Emergencial para Salvar o Negócio dos Pequenos

Não é brincadeira não. A sobretaxa imposta pelos EUA — que não foi pequena, chegando a 27,5% — pegou todo mundo de surpresa e ameaçou deixar os produtores cearenses com um prejuízo danado. Imagina só: você planta, colhe, processa, e do nada o seu maior cliente resolve encarecer seu produto em quase 30%. O desespero bateu na porta de muita gente.

Mas o governo estadual não ficou de braços cruzados. A Secretaria de Desenvolvimento Agrário vai entrar em campo para comprar essa produção e distribuir para escolas, hospitais e comunidades carentes. É aquela velha máxima: o problema de um vira solução para outro.

Números que Impressionam

O volume não é pouco não. Só de água de coco, o Ceará produz anualmente cerca de 15 milhões de litros — e uma parte significativa ia direto para os EUA. A cajuína, então, nossa bebida símbolo, também tinha encontrado um mercado promissor por lá.

O secretário George Valentim, visivelmente satisfeito com a medida, explicou que a ação vai "garantir o sustento das famílias agricultoras" e ainda "fortalecer programas sociais". Duas pedradas numa cajadada só, como diria meu avô.

Além da Compra Imediata

Mas o governo não para por aí. Tem um plano B — na verdade, vários planos. Vamos listar:

  • Buscar novos mercados internacionais (Ásia e Europa estão na mira)
  • Ampliar o consumo interno através de campanhas de valorização
  • Diversificar os produtos derivados do coco e caju
  • Investir em embalagens mais atrativas e ecológicas

E tem mais: tão importante quanto comprar a produção é não deixar que isso se repita. O governo já está articulando com a União e outros estados uma resposta coordenada para essas medidas protecionistas. Porque uma andorinha só não faz verão, mas um bando de estados unidos pode fazer um belo estrago nas políticas comerciais internacionais.

No fim das contas, o que poderia ser uma tragédia econômica virou demonstração de resiliência. O Ceará mostrou que, quando se trata de defender seu povo e sua produção, não fica esperando ajuda de ninguém. Toma a iniciativa e cria suas próprias soluções — ainda mais quando essas soluções envolvem nossos sabores tão característicos.

E aí, Estados Unidos? Perderam a chance de tomar uma água de coco geladinha do Ceará. Azar o de vocês, porque aqui a gente vai continuar produzindo — e consumindo — o melhor do nosso sertão.