
A vida em Petrolina virou de cabeça para baixo desde que um vazamento pesado — desses que dão dor de cabeça — apareceu na adutora principal que abastece a cidade. A coisa ficou feia, e mais de 60 comunidades estão passando pelo aperto. A Compesa, que é a responsável pelo serviço, já está no corre para resolver a encrenca, mas o prejuízo já está feito.
Imagine só: você acorda, vai abrir a torneira e... nada. É exatamente isso que milhares de pessoas estão enfrentando. O problema aconteceu numa tubulação crucial que leva água para boa parte do município. A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) confirmou a parada total no fornecimento em várias áreas — e o pior é que não tem previsão concreta de quando a água vai voltar.
Onde a água sumiu?
Puxa, a lista é grande. O bairro João de Deus, o Areia Branca, a Vila Eduardo, o Pedra do Bode... tantos lugares que dependem dessa adutora. E não para por aí — comunidades rurais também foram atingidas. O serviço de distribuição já está comprometido desde a madrugada, e a situação só piora com o calor típico da região.
A Compesa, por sua vez, garante que as equipes técnicas estão no local trabalhando sem parar. Eles identificaram o ponto exato do vazamento e já iniciaram os reparos. Mas entre descobrir o problema e resolver, existe um abismo — e é nesse meio-tempo que a população sofre.
E agora, o que fazer?
Enquanto a água não volta, a companhia prometeu fornecer carros-pipa nas áreas mais críticas. Só que todo mundo sabe como é: caminhão de água é solução de emergência, não substitui a água na torneira. Muita gente está tendo que se virar com reservatórios — quando têm — ou apelar para a solidariedade dos vizinhos.
O que mais preocupa, pra ser sincero, é que não é a primeira vez que isso acontece. A infraestrutura hídrica da região anda dando sinais de cansaço, e cada vazamento desses expõe uma vulnerabilidade que deveria ser tratada com mais urgência. Será que é preciso uma crise dessas para que haja investimentos em manutenção preventiva?
Enquanto isso, a população segue na expectativa. O calor não dá trégua, e a falta de água transforma tarefas simples em verdadeiros desafios. Tomar banho, cozinhar, lavar roupa — tudo vira um quebra-cabeça quando o líquido mais essencial some.
Agora é torcer para que os reparos sejam eficientes — e rápidos. Porque no sertão, água não é apenas commodity, é questão de dignidade.