Fraude em Matrículas Escolares: TCU Investiga Denúncia que Triplicou Repasses do FUNDEB para Município do Piauí
TCU investiga fraude em matrículas escolares no Piauí

Eis que surge mais um daqueles casos que fazem a gente coçar a cabeça e perguntar: até onde vai a criatividade para desviar verbas públicas? Desta vez, o palco é Cocal dos Alves, no Piauí, onde o Tribunal de Contas da União decidiu botar a lupa em uma denúncia no mínimo peculiar.

Parece que alguém resolveu fazer mágica com as matrículas escolares do município. Do nada, o número de alunos saltou de 2.741 para impressionantes 8.302 em apenas um ano. Uma multiplicação que faria qualquer professor de matemática levantar a sobrancelha.

O que o TCU descobriu?

A investigação do TCU aponta para uma série de irregularidades que cheiram mal. Muito mal. A prefeitura local teria incluído no censo escolar até alunos que já concluíram o ensino médio – sim, você leu certo. Gente que já deveria estar na faculdade ou no mercado de trabalho, ainda constando como estudantes do ensino básico.

E não para por aí. A coisa fica ainda mais esquisita quando se descobre que muitas dessas matrículas "fantasmas" estariam concentradas em uma única escola. Imagina só: um único estabelecimento de ensino com capacidade para mil alunos, mas que de repente aparece com mais de três mil matriculados. Algo não cheira bem, não é mesmo?

Os números da farra

O estrago financeiro foi considerável. Enquanto em 2022 o FUNDEB repassou R$ 6,8 milhões para Cocal dos Alves, no ano seguinte o valor pulou para assustadores R$ 19,7 milhões. Um aumento de quase 200% que deixou os fiscais de cabelo em pé.

O pior de tudo? Essa artimanha toda pode ter prejudicado outros municípios que realmente precisavam dos recursos. É como se fosse um bolo onde alguém resolveu pegar uma fatia três vezes maior que o direito.

E agora, o que vai acontecer?

O TCU já determinou que a prefeitura se explique – e rápido. Eles têm até o dia 19 de setembro para apresentar toda a documentação que comprove a regularidade dessas matrículas. Caso contrário, a conta pode ficar bem salgada.

Enquanto isso, a gente fica aqui pensando: quantos outros casos assim ainda não foram descobertos? É de dar uma revolta, não é? Ver dinheiro que deveria estar melhorando a educação sendo desviado dessa maneira criativa – para não dizer criminosa.

O caso segue em investigação, mas já serve de alerta: a criatividade para malversar verbas públicas parece não ter limites. E o pior é que quem paga o pato somos sempre nós, contribuintes.