
O governador Tarcísio de Freitas não está nada satisfeito com o que vê nos contratos atuais da Enel em São Paulo. E deixou isso claro, sem rodeios. "Tem coisa que não fecha", disparou, durante evento sobre infraestrutura na capital paulista.
O que está pegando? Segundo ele, o modelo atual de concessão — aquele que define como empresas privadas operam serviços públicos — está defasado. E defende uma revisão completa antes de qualquer renovação. Não é pouca coisa: estamos falando de um contrato bilionário que afeta milhões de consumidores.
O que está em jogo?
Pra entender a encrenca:
- A concessão atual vence em 2028
- A Enel opera em 24 municípios da Grande SP
- Só no ano passado, a empresa recebeu mais de 300 mil reclamações
Não é de hoje que os paulistas reclamam de falhas no serviço. "Todo mundo já passou raiva com apagão ou conta alta", lembra Tarcísio, com aquele tom de quem já viveu na pele o problema.
Proposta polêmica
O governador quer mudar as regras do jogo:
- Novos critérios de qualidade
- Metas mais rígidas de atendimento
- Penalidades mais pesadas por falhas
Mas tem um detalhe: especialistas alertam que mexer nesse vespeiro pode assustar investidores. "É preciso equilíbrio", pondera um economista que prefere não se identificar. Afinal, quem vai querer assumir o risco se as regras mudarem no meio do caminho?
Enquanto isso, a Enel se defende. Diz que já investiu pesado na rede e que os números melhoraram nos últimos anos. Mas convenhamos: quando a luz acaba no meio do jogo do Corinthians, ninguém quer saber de estatística.
O certo é que essa briga promete — e pode definir como a energia chega (ou não) nas casas dos paulistas nos próximos anos. Fique de olho.