Eis que o governo de Minas Gerais resolveu dar uma acelerada nos trâmites do tão falado Rodoanel Metropolitano. Sabe aquele projeto que sempre aparece nas promessas mas demora uma eternidade para sair do papel? Pois é, parece que finalmente ganhou prioridade máxima.
Num daqueles movimentos que deixam todo mundo de cabelo em pé – uns de alegria, outros de preocupação – o governador Romeu Zema assinou um decreto declarando a obra como "empreendimento estratégico". E olha, não foi só para inglês ver não.
O Que Muda Na Prática?
Bom, a grande virada aqui é no licenciamento ambiental. Em vez daquela espera interminável que todo mundo já conhece – e sofre – o processo agora terá prazos muito mais curtos. A SEMAD (Secretaria de Meio Ambiente) terá apenas 30 dias para analisar o estudo de impacto ambiental. Trinta dias! Isso mesmo, você não leu errado.
E não para por aí. Depois dessa análise, a equipe técnica terá só mais 15 dias para dar o veredito final. Uma velocidade impressionante para os padrões brasileiros, convenhamos.
E Os Ambientalistas?
Ah, essa parte é complicada. O governo garante que todos os critérios técnicos serão mantidos, que não vai ter "passarada" na legislação. Mas é claro que o pessoal do meio ambiente está com as antenas ligadas. Afinal, reduzir prazos em processos complexos sempre acende um sinal amarelo.
O Rodoanel não é qualquer projetinho – são 150 quilômetros de extensão cortando a região metropolitana de Belo Horizonte. Isso mexe com muita coisa: tráfego, meio ambiente, comunidades... não é simples.
O que me pergunto é: será que velocidade e qualidade podem andar juntas? O governo jura que sim. Diz que a agilidade vem de priorização, não de relaxamento. Mas bem, sabemos como essas coisas funcionam no Brasil – às vezes a pressa é inimiga da perfeição.
O certo é que o projeto, que estava parado há anos, agora parece ter ganho asas. E para uma região que sofre tanto com congestionamentos, qualquer notícia de melhoria no trânsito já é recebida com esperança.
Resta saber se essa aceleração toda vai mesmo beneficiar a população ou se vamos colher os frutos dessa pressa daqui a alguns anos. Como sempre, o tempo – e a execução – dirão.
