Eis que a quinta-feira, 22 de agosto, reservava mais um capítulo peculiar na relação entre o poder público e a população carioca. A Subprefeitura da Zona Sul, numa daquelas jogadas que só as redes sociais são capazes de proporcionar, simplesmente anunciou — com toda a pompa do mundo digital — que a famosa Praça Paris, cartão-postal da Glória, fecharia suas portas às 17h.
O aviso, postado tranquilamente no perfil oficial @subprefeiturasul no Instagram, não deixava margem para dúvidas. Uma determinação. Um horário novo. E ponto final.
Mas aí, sabe como é? O burburinho começou. Moradores da região, turistas que planejavam visitar o local no fim da tarde, gente que simplesmente adora aquele cantinho de França no Rio… todos ficaram, no mínimo, intrigados. Por quê? Pra quê? Era algo permanente?
E então, quase tão rápido quanto surgiu, o post desapareceu. Sumiu do feed. Foi pro limbo das publicações apagadas. Magicamente.
Agora vem a explicação oficial, que é… bem, típica. A assessoria da subprefeitura usou a velha e conhecida carta do "mal-entendido". Segundo eles, aquele horário de fechamento anunciado com tanta convicção não passou de um enorme equívoco. Um erro de comunicação interna. Alguém, em algum departamento, simplesmente entendeu a coisa toda de maneira torta.
Para alívio de quem gosta de curtir o pôr do sol por ali, a realidade é bem menos dramática. A Praça Paris segue funcionando no seu ritmo normal, das 6h da matina até as 18h da tarde. Nada mudou. Apenas a timeline do Instagram que ficou um pouco mais confusa.
O episódio, ainda que resolvido, escancara uma velha conhecida nossa: a dificuldade crônica que muitos órgãos públicos ainda têm em se comunicar de forma clara e precisa com a população. Principalmente quando o meio é digital, instantâneo e… eterno. Uma simples publicação pode virar um caso de polícia em minutos.
Fica o aprendizado? Talvez. Enquanto isso, a Praça Paris continua lá, imune aos horários fictícios do mundo online, esperando a visita de todos — preferencialmente dentro do seu horário real de funcionamento.
