
O Ministério Público de Pernambuco colocou o dedo na ferida — e dessa vez o alvo é a administração municipal do Recife. Numa operação que começou antes do sol raiar, investigadores desvendaram um emaranhado de irregularidades que, pasmem, podem ter desviado milhões dos cofres públicos.
Segundo fontes próximas ao caso — que preferiram não se identificar —, o esquema funcionava como um verdadeiro "balcão de negócios". Contratos superfaturados, notas frias e aquela velha história de "amigos que se ajudam" aparecem no centro das investigações.
Os números que assustam
Embora o MP ainda não tenha divulgado valores exatos, os procuradores falam em cifras que dariam para construir pelo menos três hospitais de porte médio. Ou comprar 20 ambulâncias zero quilômetro. Ou ainda equipar todas as escolas municipais com ar-condicionado — escolha sua comparação favorita.
- 15 mandados de busca e apreensão cumpridos
- 8 pessoas levadas para depor
- Mais de 20 contratos sob suspeita
"Quando a gente vê o nível de sofisticação dessas fraudes, fica claro que não era obra de amadores", comentou um dos investigadores, entre um café e outro. A operação, que ganhou o nome sugestivo de "Caixa Preta", mira principalmente secretarias responsáveis por obras e serviços urbanos.
O modus operandi
Parece roteiro de filme, mas infelizmente é a realidade: empresas fantasmas, laranjas e aquela papelada toda que só serve pra encher linguiça. O que mais chocou os investigadores foi a cara de pau — alguns contratos tinham valores até 300% acima do mercado.
E olha que a coisa não para por aí. Segundo o MP, parte do dinheiro desviado teria sido usado para:
- Financiar campanhas políticas
- Comprar imóveis de luxo
- Bancar viagens internacionais
A prefeitura, por sua vez, soltou uma nota dizendo que "coopera plenamente com as investigações" — aquela velha ladainha que a gente já conhece de cor. Mas será que dessa vez a corda vai arrebentar do lado certo?
Enquanto isso, nas ruas do Recife, o povo fica no prejuízo duplo: paga impostos que viram mansões e ainda sofre com serviços públicos capengas. Até quando?