
Parece que o governo resolveu jogar xadrez com a economia — e a jogada mais recente está deixando muita gente de cabelo em pé. Para tentar aliviar os efeitos da tarifação que vem tirando o sono de empresários e consumidores, o Palácio do Planalto está prestes a anunciar uma medida que, ironicamente, pode pesar ainda mais nos cofres públicos.
O que está por trás da estratégia?
Fontes próximas ao Ministério da Economia revelam que a ideia é criar uma espécie de "colchão financeiro" para setores específicos. Só que, como diz o ditado, não existe almoço grátis. O que se economiza de um lado, acaba saindo do outro — no caso, do erário.
"É como tentar apagar fogo com gasolina", comenta um economista que prefere não se identificar. Ele teme que a medida, embora bem-intencionada, possa criar um efeito dominó nos próximos trimestres.
Os números que preocupam
- Estimativa de aumento nos gastos: até R$ 15 bilhões em 2025
- Setores mais afetados: indústria e comércio exterior
- Prazo previsto para revisão: março do próximo ano
Curiosamente, enquanto o governo fala em "proteção temporária", analistas do mercado já preveem que essa "temporada" pode se estender bem mais do que o planejado — quem nunca viu uma medida provisória virar permanente?
E o contribuinte nessa história?
Aqui é que a porca torce o rabo. Especialistas em finanças públicas alertam que, cedo ou tarde, a conta chega para todo mundo. Seja via aumento de impostos, seja através de cortes em outras áreas (saúde e educação, alguém?).
"É aquela velha história: quando o governo diz que vai ajudar, é bom ver onde está a mão invisível pegando", brinca — sem muita graça — um contador de São Paulo que já está antecipando dor de cabeça na declaração do IR do ano que vem.
Enquanto isso, nos corredores de Brasília, o clima é de "esperar para ver". Será que essa jogada vai virar um xeque-mate na crise ou um tiro no pé? Só o tempo — e as próximas pesquisas econômicas — dirão.