
O clima na Prefeitura de Florianópolis está mais tenso do que um gato em banho gelado. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) não está brincando em serviço e deu um prazo irrecusável: 72 horas para a administração municipal explicar a reestruturação da Divisão de Bem-Estar Animal (DIBEA).
E olha que não foi um pedido educado — foi uma ordem judicial, assinada pelo juiz Felipe Wenisch Amorin. O magistrado deixou claro que quer respostas detalhadas sobre as mudanças que estão mexendo com os bichos (e com os ânimos) na capital catarinense.
O que está pegando?
Desde que a Prefeitura anunciou que ia "modernizar" a DIBEA, a coisa ficou feia. Protetores de animais, ONGs e até alguns vereadores começaram a fazer barulho — e não era miado não. Dizem que a tal reestruturação pode enfraquecer justamente o órgão que deveria proteger os animais.
O MPSC entrou na jogada depois de receber denúncias mais quentes que asfalto no verão. A promotora Mariana Bazzo Loffi não ficou só no discurso: meteu o pé na porta da Justiça e conseguiu liminar para obrigar a Prefeitura a prestar contas.
- Quais os critérios para as mudanças?
- Como ficam os serviços de proteção animal?
- Quem vai assumir as novas funções?
Essas são só algumas das perguntas que o prefeito Topázio Neto e sua equipe terão que responder — e rápido. O relógio começou a contar na quarta-feira (23).
E agora, José?
A Prefeitura, por enquanto, está mais quieta que cão em dia de trovoada. Oficialmente, diz que "está analisando a decisão". Mas entre quatro paredes, o clima deve estar de cortar com faca — afinal, ninguém gosta de ser encurralado pela Justiça.
Enquanto isso, os protetores animais estão com o pé atrás. "A gente já viu esse filme antes", diz uma voluntária que prefere não se identificar. "Sempre que falam em otimizar, no fim é cortar verba e enfraquecer o trabalho."
O certo é que até sábado (26), Florianópolis terá que mostrar as cartas. Se não cumprir o prazo, a bronca pode ser grande — e dessa vez, não vai adiantar fazer cara de cachorro abandonado.