Escolas em Belém viram hotéis alternativos para COP30: solução criativa contra preços abusivos
Escolas de Belém viram hotéis alternativos para COP30

Quem diria que aquela velha escola municipal, com seus corredores cheios de memórias de recreio, se transformaria num dormitório de luxo (bem, quase) para diplomatas e ativistas climáticos? Em Belém, isso está virando realidade — e não por acaso.

Enquanto os hotéis da capital paraense disparam seus preços como foguetes na semana da COP30 — alguns cobrando até 500% a mais que o normal —, a prefeitura arregaçou as mangas e encontrou uma solução que mistura criatividade com economia de guerra: transformar 17 escolas em alojamentos temporários.

Detalhes que fazem a diferença

Não pense que é só colocar um colchão no chão da sala de aula. As reformas incluem:

  • Adaptação de banheiros para padrão hotelaria (adeus, privadas escolares minúsculas!)
  • Instalação de ar-condicionado — crucial no calor amazônico
  • Reforma das cozinhas industriais para serviço em larga escala
  • Wi-Fi de alta velocidade porque, convenhamos, ninguém sobrevive sem internet hoje

"É como montar um quebra-cabeça com peças de vários jogos diferentes", brincou o secretário de Educação, enquanto mostrava as obras numa escola da Cidade Velha. "Mas quando a necessidade aperta, a gente inventa moda."

E os alunos?

Aqui vem o pulo do gato: as obras coincidem com as férias escolares. "Planejamento ou sorte? Um pouco dos dois", riu uma coordenadora, enquanto supervisionava a pintura nova num corredor que em breve receberá delegações internacionais.

O prefeito, por sua vez, já fala em "legado": "Depois da COP, essas escolas voltarão melhores do que nunca para nossos estudantes. É win-win." Será? Alguns professores torcem o nariz — "promessa é dívida", resmungou um veterano da rede municipal.

Enquanto isso, nos grupos de WhatsApp de hoteleiros locais, o clima é de... digamos, desconforto criativo. "Inovação ou concorrência desleal?", questionou o dono de uma pousada no Umarizal. Já os mochileiros e ativistas de orçamento curto comemoram: "Finalmente um evento global que não vai me obrigar a vender um rim pra participar!".

Uma coisa é certa: quando a COP30 acabar, Belém terá muito mais do que acordos climáticos para contar. Terá a história de como virou a capital da improvisação inteligente — pelo menos por algumas semanas.